sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Tambores de guerra - A questão indígena e a perseguição às missões



Os missionários cristãos que trabalham nas aldeias indígenas jamais foram vistos com bons olhos por quem faz a política indigenista nacional.

Por Marcelo Brasileiro - http://cristianismohoje.com.br

Os missionários cristãos que trabalham nas aldeias indígenas jamais foram vistos com bons olhos por quem faz a política indigenista nacional. Comumente criticados pelo governo federal, com apoio de setores intelectuais, que os acusam de não respeitar a cosmovisão nativa, os evangélicos têm enfrentado uma verdadeira via crucis para cumprir o “Ide” de Jesus entre os povos indígenas do Brasil. O trabalho deles não se resume, como dizem muitos, a pregar a Palavra de Deus: diversas agências missionárias trabalham entre os povos indígenas há décadas, atuando, entre outras áreas, em ações de saúde, educação e preservação lingüística e cultural. E o clima, que já não era bom, ganhou contornos de guerra religiosa diante das recentes discussões em torno da demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol, na tríplice fronteira entre Brasil, Venezuela e Guina. A área localizada em Roraima, com 1,75 milhão de hectares – equivalente a doze vezes o tamanho da cidade de São Paulo – foi criada em 2005, através de um decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e foi contestada no Supremo Tribunal Federal (STF) por um grupo de arrozeiros, empresários e políticos. Eles querem que a demarcação não seja contínua, como foi homologado pelo presidente, mas sim, em forma de “ilhas”, permitindo a permanência de fazendas, comércios e prédios públicos na área.
No território, vivem aproximadamente 20 mil índios, divididos em cinco grupos étnicos distintos (ingarikó, patamona, tauarepang, macuxi e wapichana), e as tensões na área se acumularam após o início da operação Upakaton 3 – palavra que, no idioma macuxi, significa “terra nossa” –, nome dado pela Polícia Federal para a série de ações deflagradas no início do ano e que planejavam a retirada dos não-índios da região. A operação foi suspensa em abril pelo STF, que pretende primeiro julgar a constitucionalidade da homologação da reserva.
Enquanto isso, é na Vila Surumu, situada no município roraimense de Paracaima, que reside o epicentro da crise. Com o risco de desaparecer caso o STF decida pela demarcação contínua, ela abriga o foco das tensões entre índios evangélicos e católicos. De um lado da vila, estão concentrados os índios favoráveis à homologação da reserva contínua, ou seja, exclusivamente dos indígenas. A maior parte deles são católicos, ligados ao Conselho Indígena de Roraima (CIR) e com o apoio de órgãos eclesiásticos como o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Do outro lado, estão os indígenas contrários à medida do governo federal e que defendem a permanência de brancos na área, inclusive os arrozeiros. A maior parte deles é formada por evangélicos e são ligados a Sociedade de Defesa dos Índios Unidos do Norte de Roraima (Sodiur). “Há famílias que viveram na área com 20 e 30 anos e que casaram com não-índios e foram expulsas de lá”, reclamou Silvio da Silva, da etnia macuxi e presidente da Sodiur.
A polarização tem sido inevitável. O pastor assembleiano Cícero Francisco Sales, que não é índio, mas está na Vila há mais de três anos, contou que ameaças aos crentes e pedradas no templo são constantes. “Certo dia minha mulher, junto com minhas filhas em casa, se deparou com um índio no sofá. Ele dirigiu a ela palavras de baixo calão e disse que iriam destruir a nossa casa e a nossa igreja, fazendo um supermercado no lugar delas”, conta. “Infelizmente, algumas igrejas evangélicas pregam que o demônio é quem quer tirar os não-índios do local. Isso gera intolerância”, rebate a advogada do CIR, Joênia Batista de Carvalho, da etnia wapichana. Primeira indígena do país a obter registro na Ordem dos Advogados do Brasil, ela tem sido uma expoente na luta em defesa da demarcação contínua na Raposa Serra do Sol.

Jogo de interesses – O curioso é que Joênia, que já se pronunciou até na mais alta Corte jurídica do país, atua ao lado da maioria católica, mas é evangélica. “Cresci na Igreja do Evangelho Quadrangular. Meus pais são de lá, assim como boa parte da minha família”, conta. Para ela, o imbróglio não se trata de uma questão de religião, e sim de um engenhoso plano para camuflar interesses econômicos, de forma a conduzir o debate para o pantanoso campo da intolerância racial e de crença. “Há um pesado jogo de interesses. Tentam desviar a atenção do problema através de uma disputa religiosa que, na verdade, não existe”, garantiu a advogada, em entrevista a CRISTIANISMO HOJE. Ela afirma que muitos evangélicos apóiam a luta do CIR, uma entidade de orientação católica.
“Não existe isso de intolerância. Muita gente pensa que vão fechar as portas das igrejas, que agora não terá mais pastor, padre. Não é nada disso”. Segundo a advogada, a lei não permite que um não-índio possua propriedade privada em terras indígenas, mas que as igrejas evangélicas da própria comunidade têm total liberdade de culto. “A Igreja Católica se antecipou e doou seu patrimônio para a comunidade, foi só isso”. Ela diz que os pastores e catequistas poderão continuar visitando a área, desde que a comunidade permita. “Só não será permitida a visita de quem pretende, de alguma forma, levar dano ou prejuízo aos indígenas”. Ressabiado, um grupo formado por 180 evangélicos procurou o governador de Roraima, José de Anchieta Júnior (PSDB) para pedir ajuda. “Há muitas igrejas co-irmãs presentes na reserva. A nossa preocupação é em razão deles desejarem tirar os não-índios. Mas os católicos ficam. Só os ministros do Evangelho devem sair”, reclamou o presbítero Antonio da Costa, da Assembléia de Deus das Nações, em Boa Vista. “Queremos apenas a garantia de que os ministros da Palavra poderão continuar a evangelizar na área”, defendeu, no encontro.
Como resposta, o grupo ouviu que não seriam tolerados episódios de discriminação religiosa. Mesmo assim, os evangélicos realizaram outra manifestação, no dia 8 de março, e reuniram aproximadamente 30 mil crentes no Centro Cívico da cidade, com faixas e gritos pedindo “justiça”. De olho na crescente violência na Raposa Serra do Sol, o presbítero preferiu não se posicionar nem contra, nem a favor da demarcação. “Queremos apenas evangelizar. Pelo que sei, algumas igrejas foram depredadas e queimadas”.
Coincidência ou não, toda essa querela acerca da presença de elementos não-indígenas na Raposa Serra do Sol acontece justamente num momento crucial para o trabalho missionário entre os povos indígenas. Numa recente escalada de investigações, grampos telefônicos, dossiês e suspeitas das mais inverossímeis possíveis, as missões religiosas passaram a ser acusadas, da noite para o dia, de práticas como escravidão indígena, extração ilegal de sangue, biopirataria de sementes da floresta para o exterior, construção de pistas de pouso clandestinas, uso de radiodifusão pirata e venda ilegal de madeira, além remoção de nativos sem autorização, adoção suspeita de crianças, contatos irregulares com tribos isoladas e até o uso de imagem indevida de povos nativos da região amazônica em filmes e materiais para arrecadação de recursos próprios aos objetivos da instituição – além, é claro, de proselitismo religioso.
As acusações vieram de um relatório, realizado pela Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), a pedido da Secretária Nacional de Justiça. O documento listou 25ONGs supostamente envolvidas em atividades ilícitas na Amazônia. Entre as entidades denunciadas, duas são evangélicas e têm um longo histórico de trabalhos sociais e lingüísticos entre os índios: Jovens com Uma Missão (Jocum) e Missão Novas Tribos do Brasil (MNTB). “Estas informações são da época em que o Exército tomava conta das questões indígenas. Se um missionário cavava um poço para tomar água, eles diziam que estavam fazendo prospecção. Era um absurdo”, indigna-se Edward Gomes da Luz, presidente da MNTB. Segundo ele, o interesse internacional na Amazônia irá refletir cada vez mais na relação entre governo e missões religiosas. “Alguém vai pagar pelos outros, e isso normalmente recai sobre as missões”, reclama.

“Cárcere paleolítico” – A situação da Jocum é muito pior. Não bastasse ter seu nome no relatório da ABIN, a missão ainda foi envolvida num malicioso dossiê distribuído à imprensa, assinado pelo sertanista Antenor Vaz, da Coordenação Geral dos Índios Isolados da Fundação Nacional do Índio (Funai). O documento intitulado Missão: O veneno lento e letal dos suruwahá (ver box) faz referência à prática cultural de suicídio entre aquela etnia indígena, através da ingestão da raiz do timbó. Segundo o sertanista, as missões cristãs seriam mais “letais” que o veneno usado pelos índios da etnia para dar fim à própria vida. O documento contém graves acusações contra a missão. “Sem entrar na questão de soberania ou teoria conspiratória, esse fato mostra uma briga direta entre a Funai e uma organização fundamentalista americana, que hoje sabe muito mais sobre estes índios do que qualquer instituição de pesquisa no Brasil. Além de questões muito mais graves que podem estar gerando suicídios coletivos em massa, podendo até chegar a um genocídio de um povo”, escreveu o sertanista no e-mail que distribuiu na internet.
“A Amazônia, em geral, tem sido alvo da sanha de gananciosos, e é provável que existam organizações corruptas que ‘exploram’ a boa fé de pessoas. Mas estas entidades não subsistem”, rebate a ex-presidente de Jovens com uma Missão e atual responsável pelas questões indígenas da agência, Bráulia Ribeiro. Ela acredita que a situação se agravou após o rumoroso episódio envolvendo a retirada de dois bebês suruwahá para tratamento médico, ocorrido em 2005. Na ocasião, dois missionários ligados à agência, o casal Edson e Márcia Suzuki – que, frise-se, atuavam havia longa data entre a tribo, a ponto de serem os únicos brancos a falar fluentemente sua língua –, levaram duas crianças da aldeia para São Paulo, onde receberiam tratamento para suas deficiências. A atitude evitou que as recém-nascidas fossem sacrificadas pela comunidade indígena, como manda um rito tribal.
O casal adotou a pequena Hakani, que hoje vive normalmente após tratada de hipotireoidismo, e criou a Ong ATINI, que denunciou ao país a prática do infanticídio nas aldeias indígenas brasileiras, tema de reportagem na primeira edição de CRISTIANISMO HOJE. “Ousamos desafiar o governo em cadeia nacional; ousamos lutar pela vida e não nos conformar com as regras que mantém os indígenas num cárcere paleolítico, impedidos de receber até um simples tratamento médico, direito de todos os brasileiros”, lembra Bráulia.

Mobilização – O impasse em torno da questão tem levado a mobilização de todos os segmentos envolvidos – inclusive, dos índios evangélicos. Temas atuais como infanticídio e demarcação de terras, além da perseguição às missões, foram debatidos no último encontro do Conselho Nacional de Pastores e Líderes Indígenas (Conplei), realizado entre os dias 4 e 7 de setembro, em Manaus (AM). “Trabalhamos principalmente a questão da tutela da Funai, que ao invés de ajudar, prejudica. Faremos um documento, previsto para sair ainda neste semestre, onde manifestaremos nosso direito de sentir e de dizer o que queremos”, explica o presidente da entidade, o pastor Henrique Dias, da etnia terena.
O regime tutelar foi instituído oficialmente através da Lei 6.001 de 1973, conhecida como o Estatuto do Índio, e seguiu um princípio estabelecido pelo velho Código Civil brasileiro de 1916. Ficou estabelecido que os índios, sendo “relativamente capazes” de assumir integralmente suas responsabilidades, deveriam ser tutelados por um órgão indigenista estatal. Entre 1910 e 1967, a função coube ao extinto Serviço de Proteção ao Índio (SPI); atualmente, é a Funai, ligada ao Ministério da Justiça, que executa a política indigenista do país. Segundo a lei, a situação de tutela só pode ser revertida após os índios estarem “integrados à comunhão nacional”, ou seja, à sociedade brasileira.
O líder do Conplei sabe que o tema é espinhoso. “Muitos têm medo de tocar nesse assunto. Mas essa forma paternalista de se tratar o índio não permite que manifestemos nossa própria vontade. Isso acontece na relação do índio com a Funai e também na relação do índio com a própria agência missionária”, aponta Henrique Terena.
O encontro do Conplei pode ser considerado um sucesso em termos de legitimidade, já que reuniu cerca de 1,3 mil índios, representando 49 etnias – cerca de um quinto dos povos indígenas existentes no Brasil. Todos eles se alinharam à idéia de que a questão da tutela deve ser revista. “É um assunto polêmico, mas não porque queremos. As pessoas polemizaram. Estamos trabalhando para sermos protagonista dos nossos interesses”, discursou o missionário e professor de história Edson Oliveira Santos, integrante da tribo bakairi e presidente da Organização dos Professores Indígenas do Mato Grosso. Para ele, as missões têm contribuído muito para a preservação dos mais de 180 idiomas indígenas falados no país e merecem respeito por isso. Mesmo assim, ele acredita que o Evangelho deve ser pregado entre os índios – e pelos próprios índios. “Precisamos do branco, do seu conhecimento e de sua ajuda. Mas é sempre melhor quando um índio fala para outro índio”, sentencia.

Dossiê do barulho
As oitenta páginas do dossiê Missão – O veneno lento e letal dos suruwahá formam um documento, no mínimo, controverso. Organizado para ser uma compilação de todas as informações contra a agência evangélica Jocum, o trabalho traz denúncias feitas pelo próprio CIMI – entidade católica contrária à presença de evangélicos na área – junto ao Ministério Público Federal e frases do livro O chamado radical (Editora Atos), de Bráulia Ribeiro.A obra narra, de forma pessoal, sua aventura até a chegada ao povo suruwahá. Há ainda trechos dos diários de dois missionários que estavam na aldeia, tomados à força por agentes da Funai.
No livro e nos diários, a fé cristã é constantemente citada como o motivo maior pelo qual os missionários decidiram fazer contato com os índios. “Você não pode usar, como álibi para evangelizar, a justificativa de salvar vidas, levar educação. E é isso o que tem acontecido”, alegou Antenor, por telefone, à reportagem de CRISTIANISMO HOJE. O assunto ganhou as páginas da revista semanal Carta Capital, que no fim de julho amplificou as acusações de Antenor, sem contestá-las. “Nem sei como comentar estes absurdos. A mesma revista que nos acusa de maltratar indígenas sugere que se nos retirarmos do local, a tristeza da tribo será tamanha que eles serão levados ao suicídio. É incoerente”, questiona Bráulia. “Se somos tão ruins, como os índios nos querem a ponto de perderem a vida se nos ausentarmos?”
A missionária rebate as acusações de que os obreiros ligados à agência escravizam índios e traficam matéria-prima orgânica. Para ela, no entanto, são indefensáveis as acusações de que os missionários crêem em Deus, ensinam que infanticídio e suicídio podem destruir as populações nativas e fazem programas de conscientização contra o abuso do álcool, prostituição e violência contra a mulher. “Se isso for crime, bem, então somos culpados”, desafia.

Um país, muitas nações
De acordo com levantamento realizado pela Associação de Missões Transculturais Brasileiras (AMTB) em 2005, há 364 mil índios no país, divididos em 258 tribos. Como há povos isolados até hoje, quantidade pode ser maior.
. 165 delas têm ou já tiveram presença evangélica;
. 5 desses povos possuem a tradução completa da Bíblia em seu idioma;
. 36 dispõem apenas do Novo Testamento traduzido;
. 25 agências missionárias atuam entre os índios;
. 650 missionários brasileiros trabalham exclusivamente com os povos indígenas;
. 20% dos índios brasileiros se declaram evangélicos;

Fontes: AMTB, Revista Veja, IBGE

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

CGADB e CPAD promovem 2º Congresso Internacional de Missões


Evento acontece nos dias 16 e 17 de novembro, em São Paulo

No dias 16 e 17 de novembro, a CGADB e a CPAD promovem o 2º Congresso Internacional de Missões das Assembleias de Deus (2º CIMAD). O evento será realizado na sede da Igreja Evangélica Assembleia de Deus no Belenzinho (São Paulo), presidida pelo pastor José Wellington Bezerra da Costa.
Com o tema “O clamor do mundo e a realidade missionária”, o evento promete impactar a todos os participantes e inspirá-los a fazer missões: orando, contribuindo e partindo para o campo missionário.

A divisa da segunda edição do CIMAD é: “Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas.” (Romanos 10.14-15)

Na programação, os preletores internacionais e nacionais abordarão os temas: como fazer missões na realidade brasileira, a importância do preparo para o futuro missionário, visão missionária das Assembleias de Deus dos Estados Unidos, a realidade dos missionários brasileiros no exterior, o segredo da visão missionária bem sucedida, a realidade missionária na Ásia, situação da América Latina, estratégias para alcançar povos não alcançados, literatura como estratégia para obra missionária, cuidado integral da igreja ao missionário, a responsabilidade missionária da Assembleia de Deus no pós-centenário, entre outras temáticas essenciais para quem quer se preparar para cumprir a Grande Comissão.

2º CIMAD: Ore, divulgue, participe e... Ide!

Serviço:
2º Congresso Internacional de Missões das Assembleias de Deus
Data: 16 e 17 de novembro de 2011
Horário: 8h30 às 21h
Local: Igreja Evangélica Assembleia de Deus no Belenzinho
Endereço: Rua Conselheiro Cotegipe 273 – Belenzinho. São Paulo - SP

Mais informações pelos telefones (21) 2406-7400 ou (21) 2406-7352.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

MUTIRÃO PARA EVANGELIZAR O SERTÃO - Congresso Nacional de Evangelização do Sertão Nordestino em Março/2012



Apenas 4% da população é evangélica. Congresso acontece em 2012

Por: Celso de Carvalho - Redação Creio

            O crescimento dos evangélicos é presente em todo Brasil, mas no sertão nordestino a coisa é bem diferente. Apenas 4% da população é evangélica e o conflito com a idolatria se faz constante. Sem bandeira denominacional, será realizado de 19 a 24 de março em Juazeiro do Norte, no Ceará, o Congresso Nacional de Evangelização do Sertão Nordestino. O alvo é reunir mil líderes para uma imersão e compromisso de abrir templos e entender as necessidades daquela região.
            O congresso foi lançado oficialmente durante a EXPOCRISTÃ que aconteceu no mês de outubro e tem o apoio da EBF COMUNICAÇÕES, através do seu presidente Eduardo Berzin Filho. De acordo com pastor Jhonatan, da Vale da Benção, nunca houve um esforço nacional para evangelização daquela região. “Há naquela região 10 mil cidades sem nenhuma igreja. É uma vergonha nacional e precisamos mudar esta realidade”, argumenta.
            O congresso irá ampliar a visão sobre o Sertão Nordestino e suas crenças e deverá acontecer  a cada dois anos até 2022. Para se inscrever acesse o site www.congressosertaonordestino.com.br ou pelo email congresso.sertaonordestino@gmail.com

LOGO EU, UM MISSIONÁRIO ?!



Somos abundantemente abençoados, como resultados do batismo com o Espírito Santo, como cumprimento da promessa de Jesus em Atos 1:08: "Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra". Só que, não podemos nos esquecer que nessa promessa de Jesus, há também uma séria exigência para todos nós: ser testemunha de Jesus. Necessário se faz observar que, nessa exigência de Jesus, Ele usa as expressões: ''tanto em, como...". O que é que isso significa ?
Jerusalém significava a cidade; enquanto a Judéia significava o estado; enquanto Samaria significava o conjunto que completava o país inteiro, isto é, toda a Palestina, desde Dã até Berseba. Trazendo para nós, hoje, nosso compromisso missionário é em nossa cidade (Rio de Janeiro), em nosso estado (Estado do Rio de Janeiro), em nosso país (Brasil) e até os confins da Terra. Mas é bom observar que Jesus não mandou evangelizar primeiramente toda a cidade, para só depois evangelizar o Estado, só depois evangelizar o país e só depois evangelizar o resto do mundo.
Jesus mandou evangelizar a cidade, o Estado, o país e o resto do mundo, tudo ao mesmo tempo. Não podemos negligenciar o resto do mundo, se estamos evangelizando Madureira. Existe urgência na Obra Missionária. Por isso mesmo, sem perda de tempo, temos que alcançar o Mundo inteiro.
"Logo eu, um missionário ?!" Herdamos de Adão e Eva a síndrome de transferir responsabilidades. Durante toda a história da humanidade, cada pessoa sempre se desculpa dos pecados cometidos e das responsabilidades a serem assumidas, tentando sempre transferir tudo o que puder, jogando nas costas dos outros.
Por amor de Deus, ninguém faça isso com a Obra Missionária !!! Cada um assuma diante de Deus sua responsabilidade pessoal de orar por missões, contribuir financeiramente para missões, pregar missões e ir ao campo missionário. Faça isso de qualquer jeito que puder!
E que Deus nos abençoe!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Missões e Missionários no Twitter



O Twitter é uma rede social dinâmica e que cresce a cada dia. É o local ideal para compartilharmos e recebermos informações em tempo real, muitas vezes 'direto da fonte'.
Em meu perfil no Twitter (@SammisReachers ) sempre divulgo os posts do Veredas e dos outros blogs que edito ou onde colaboro, além de diversas notícias e informações relevantes. E também retuíto (repasso) aos meus seguidores (contatos) as boas informações que recebo.
Há atualmente diversas Missões e Agências Missionárias que se fazem presentes no Twitter, além é claro de missionários e irmãos envolvidos com a causa missionária.

Se você possui conta no Twitter, lhe recomendo seguir os perfis abaixo listados, para manter-sem sempre informado sobre o avanço da obra do Senhor:

JUVEP - @juvep 
Portas Abertas - @mportasabertas 
Amme Evangelizar - @ammeevangelizar 
MIAF - @miafbrasil  
PMI Brasil - @brasilpmi 
APEC - @apecbr
SEMIPA - @missaosemipa 
6 Congresso Brasileiro de Missões - @6CBM 
SIM Brasil - @simbrasil 
A Voz dos Mártires - @vozdosmartires 
AMIDE - @AMIDEnews 
Betel Brasileiro - @BetelBrasileiro  
EMAC - @EMACRJ 
CEM - @escolacem 
MNTB - @MNTBrasil 
Instituto Antropos - @InstAntropos 
CONPLEI - @conplei
MEIB - @MEIB67
CIM AMTB - @CIM_AMTB
Missão PIEIA (Moçambique) -  @PIEIA


Siga também estes missionários, Ministérios e divulgadores da obra missionária: 


UniãoNet -@uniaonet 
Gilson Moura - @gilsomoura 
Expedição Mochila - @EM_mochila 
Conexão IDE - @evjader
Amor por Missões - @amorpormissoes 
CEVIDE - @cevide_tw
Fogo para Missões - @FogoparaMissoes
Haja Hope - @HajaHope


*Caso os links não remetam direto para os perfis listados, copie e cole o endereço na caixa de buscas de seu Twitter.
**Se você faz parte de alguma Missão ou Agência, e gostaria de ver seu perfil nesta listagem, por favor me envie o seu link.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Podcast para download: O Mundo Muçulmano, com Marcos Amado




Paulinho Degaspari e Adriana Degaspari, do site Irmãos.com encontram-se com Marcos Amado que viveu muitos anos no Mundo Muçulmano e fala sobre islamismo, alcorão e homens-bomba na semana em que os 10 anos dos atentados de 11 de setembro foram relembrados por todo o mundo.
Duração: 00:40:30

Para ouvir o programa, clique no "play" ou faça o download da qualidade desejada:



ALTA (128 Kbps) - Download (27.82 MB) | Abrir no pop-up | Download .zip

PADRÃO (64 Kbps) - Download (18.55 MB) | Abrir no pop-up

BAIXA (32 Kbps) - Download (9.27 MB) | Abrir no pop-up


Ouça outros programas relacionados:

#115: Um Panorama do Movimento Missionário
#69: O Chamado para Missões
#63: Missão Relevante

sábado, 8 de outubro de 2011

Livros de Missões para download grátis



O site Editorial Musulmania oferece diversos livros missionários para download gratuito. São livros em espanhol e alguns em português, todos focados em missões aos povos muçulmanos, de diversos e gabaritados autores - que cederam gentilmente os materiais para download sem fins lucrativos. Excelentes recursos para capacitação e informação missionária. No site você pode ter acesso ainda a links interessantes, artigos e etc. 

Acesse o site: http://musulmania.com/

Um outro site que fornece muito mais livros missionários na língua espanhola, desta vez sobre todos os aspectos da obra missionária, é o Recursos Misioneros. Um detalhe: muitos dos livros oferecidos ali para download gratuito em espanhol, possuem edições impressas em português em nosso país, com direitos autorais registrados. Outros nunca foram publicados por aqui. De toda forma, lembre-se sempre que tais livros são para uso pessoal, e não podem ser vendidos sob nenhuma hipótese. 


Ambos os sites são ligados às missões COMIBAM Internacional e PMI Internacional.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Projeto Missionário Rally da Misericórdia nos Pampas-RS em 2012 - Participe!




Enquanto nos grandes centros urbanos há tantos templos, tanto em variedade e quantidade de material evangélico, rádios, TVs e eventos, há ainda muitas vidas nas trevas por falta de quem leve as Boas Novas de salvação.  No Rio Grande do Sul  temos mais de 20 cidades  com APENAS 1% de crentes e igrejas evangélicas !
                          Venha participar conosco desta missão evangelística !
                      Desta vez o alvo é o estado do Rio Grande do sul . Trata-se de várias cidades  com 1% de evangélicos e sem  igrejas  situadas  em média a  300 km da capital do Estado, Porto Alegre.  Você também pode ser usado para anunciar as boas novas de Cristo, a fim de que essas vidas sejam resgatadas pelo poder do Espírito Santo que convence o homem do pecado, da justiça e do juízo.
Quando será?
 
Dos dias 22 a 29 de Janeiro de 2012 
 
Qual o custo desta missão?
 
1.   Passagem aérea: R$423,50 dividido em 6 pagamentos no cartão sem juros ou cheque . Entre em contato com o Sr Marcio da Voe Alto pelo Telefone: 30465700;
2.    Translado: R$ 162,00 – Obs: Pagar até dia 10 de Dezembro 50% e até o dia  10  de Janeiro  de 2012 os 50%;
3.    Camiseta: 15,00 Pagamento no dia do Treinamento ( 20 e 21 de Janeiro de 2012 )
Como se inscrever?
 
                          Visite nosso site para maiores informações - 
http://vidasemacao.wordpress.com/  
Lá encontrará os documentos (ficha de inscrição, carta do pastor e boletim informativo) necessários para sua inscrição no Projeto Missionário Rally da misericórdia nos Pampas/ RS  de 22 a 29 de janeiro de 2012. 

terça-feira, 4 de outubro de 2011

MISSÕES E A GRAÇA DE DEUS



Pr. Sylvio Macri

Graça é a própria essência da salvação. Foi pela graça que Cristo ofereceu-se como sacrifício pelos nossos pecados. Foi pela graça que Deus, o juiz, atribuiu a nós, pecadores e réus, a justiça de Cristo. Foi pela graça que Deus derramou em nossos corações o seu amor e o seu Espírito. É pela graça que já não vivemos mais sob o domínio do pecado. É pela graça que enfrentamos e vencemos as lutas do dia a dia. Será pela graça que um dia entraremos no céu. Graça é o nome do trono onde Cristo se assenta.

Em Atos 11.21-23, lemos sobre a obra missionária em Antioquia: “A mão do Senhor era com eles, e um grande número de pessoas creu e se converteu ao Senhor. Quando a notícia sobre essas coisas chegou aos ouvidos da igreja em Jerusalém, enviaram Barnabé a Antioquia. Ali chegando, Barnabé alegrou-se ao ver a graça de Deus e exortava a todos perseverarem no Senhor com firmeza de coração.” Portanto graça é o poder de Deus que pode ser visto operando a obra missionária, é o canal por onde flui o amor transformador do Senhor para todos as pessoas às quais é anunciado o evangelho.

Este, aliás, este é “o evangelho da graça de Deus”, cujo testemunho era a própria razão da obra missionária de Paulo (Atos 20.24), o evangelho que ele anunciava de cidade em cidade, dia e noite, de casa em casa, a cada um. Foi “confiado à graça de Deus” que Paulo foi enviado como missionário pela mesma igreja de Antioquia acima citada, tanto na primeira vez, com Barnabé, quanto na segunda vez, com Silas (Atos 14.26;15.40). Era a graça que confirmava e dava poder à sua pregação, e levava as pessoas a crerem (Atos 14.3;18.27,28). Foi à graça de Deus que Paulo se entregou completamente, quando o Senhor respondeu-lhe “A minha graça te é suficiente”, para que pudesse vencer fraquezas, suportar ofensas, superar dificuldades, enfrentar perseguições e sofrer angústias por causa de Cristo (II Coríntios 12.9,10).

Portanto, graça é a grande motivação da obra missionária. É a graça derramada em nossos corações que nos faz perceber a miséria deste mundo perdido. É ela que move pessoas a se entregarem à uma tarefa de sacrifício, renúncia e dor, mas que traz imensa alegria quando se contempla um só pecador salvo.

sábado, 1 de outubro de 2011

Os contatos do missionário com a realidade missionária indígena


Pr. Percio Coutinho Pereira - http://www.ibpeniel.org.br

Atos 28.1-10

Introdução
1.O apóstolo Paulo era de Tarso, uma cidade universitária da época. O convívio dele flutuava entre duas culturas: a judaica e a gentílica gregoromana. Ele não apenas conhecia bem as duas culturas, como fazia parte delas.
2.Embora Paulo seja um padrão para o trabalho transcultural, só houve dois lugares visitados por ele que eram considerados primitivos.
3.Um desses lugares foi a ilha de Creta. Ele mesmo não começou aquele trabalho. Provavelmente, foram João Marcos e Barnabé na famosa separação das equipes missionárias. Paulo nem mesmo trabalhou em Creta, mas enviou Tito. E teve uma passagem muito rápida por ali. Até que ele quis ficar uns 4 meses, mas a tripulação do navio que ia para Roma não quis e quase naufragaram (At 27.7-23). Mesmo assim, os cretenses tinham costumes de piratas, mas foram colonizados pelos gregos há 1500 anos antes de Cristo.
4.Outro campo missionário transcultural para Paulo foi a ilha de Malta. De fato, este foi o único lugar que Paulo visitou que podemos afirmar que se tratava de cultura diferente da cultura judaico-grego-romana que Paulo tão bem conhecia.
5.Não foi uma visita programada, nem uma viagem missionária. Mas foi o resultado do naufrágio daquele navio cheio de prisioneiros.
6.Por um lado podemos dizer que Paulo chegou acidentalmente (naufrágio), mas por outro lado devemos crer que foi a providência divina que o lançou ali.
7.A chegada de Paulo na ilha de Malta serve de inspiração e modelo para o trabalho missionário indígena.
8.A começar pelo acesso, chegar até à ilha de Malta era um desastre (At 27.41-28.1). Os trajetos para alguns trabalhos missionários indígenas são sofríveis (Exemplo: Foz do Içana).
9.O trabalho transcultural antes de tudo é um contato com uma outra realidade. Para omissionário recém-chegado pode não parecer real, mas é que a realidade é um tanto diferente da realidade que ele está acostumado.
Proposição: O candidato ao trabalho missionário deve se preparar para o contato com outra cultura. A estadia de Paulo na ilha de Malta dá um vislumbre do contato do missionário com o campo de trabalho futuro.Oração Transitória: Os contatos do missionário com a realidade missionária indígena.

I. O contato com bárbaros - v.2
1.Há uma forte campanha para evitar termos como estes, mas sempre existiram culturas de costumes primitivos, menos desenvolvidas em relação ao desenvolvimento normal do mundo. São os chamados “povos isolados”.
2.Os gregos apelidaram esses grupos de bárbaros, pois como não falavam grego, a língua oficial, tudo o que falavam aos ouvidos dos gregos soava como “bar bar”, como uma criança articulando as primeiras sílabas.
3.O termo se generalizou até chegar aos nossos tempos. A discriminação não está propriamente no termo, mas em considerar-se mais humano do que esses povos.
4.Alguns povos isolados são bravos. O saudoso missionário Abraão Koop, da Missão Novas Tribos dizia que os Paacas Novos receberam os primeiros missionários com flechas. Assim foi com a tribo Sawi na Papua Nova Guiné, cuja história é relatada no livro “Senhores da Terra”.
5.Os primeiros missionários da New Tribes Missions foram mortos pelos índios Ayoré da Bolívia. As cinco viúvas continuaram o trabalho e viram os assassinos de seus maridos se converterem.
6.Antes da Missão Novas Tribos, três ingleses vieram para o Pará fazer contato com os Kaiopó. Os três foram mortos. Foi escrita a história, não traduzida para o português, desses três jovens. O livro se chama “Os três Freddys”, pois tinham o mesmo nome e a mesma convicção. Isto foi em 1927.
7.Nem todos os bárbaros, ou povos isolados, são hostis. Os missionários das Novas Tribos se preparam para um contato difícil com os Zo’é (na época os Poturu). Para a surpresa de todos o contato foi pacífico. Mais hostis foram os antropólogos que expulsaram os missionários da tribo.
8.O contato com os bárbaros da ilha de Malta foi tão pacífico que eles nem queriam os pertences das pessoas, mas pelo contrário, cuidaram deles e de suas necessidades físicas (v.2).
9.O missionário terá, portanto, contato com pessoas de verdade, amigos de verdade, mas de costumes e maneiras de civilização, às vezes, totalmente diferentes para ele.

II. O contato com animais peçonhentos – v.3
1.É impossível negar a realidade de que o missionário encontrará cobras no campo. O Brasil é um país tropical e tem as mais belas e perigosas variedades de cobras. Em Minas Gerais ver cobras é comum; em Mato Grosso matar cobras é comum; no Amazonas ver e matar cobras é inevitável. 2.Daniel Royer, professor no Instituto Missionário Shekinah, em 1988: “Se o medo dominar a pessoa, ele deixará de comer milho por medo de cobras”.
3.Todos os missionários já foram protegidos de picadas de cobra sem mesmo o saberem. Não existem só as cobras que vemos; aquelas que passam antes de nós ou aquelas que chegam depois de nós, também são reais. Os anjos protegem os missionários, também, das cobras. Criancinhas são protegidas por eles muitas vezes. Se algum missionário ou filho for picado não significa que os
anjos dormiram, mas que Deus por alguma razão quis que aquilo acontecesse.
4.Índios são picados por cobras. Os missionários já foram picados por cobras.
Ambos são humanos e as cobras não fazem distinção.
5.O missionário Bill Moore entregou ao Senhor sua filhinha de cinco anos. Uma surucucu foi o instrumento de Deus para levar a criança. Élden, filho do missionário Coy, foi picado por cobra.
6.Os animais peçonhentos, insetos perigosos e outros animais são uma realidade do trabalho missionário. O missionário terá contato com esses bichos.

III. O contato com as crendices do povo – v.4-6
1.O missionário poderá ser visto, às vezes, como um intruso e coisas erradas que, porventura, acontecerem na tribo podem ser atribuídas à ira dos espíritos sobre o povo por causa do missionário (v.4).
2.A tribo Maku guarda o costume milenar de proibir que mulheres vejam o rosto do homem que usa máscara em uma de suas festividades. A penalidade para tal ato é abrir uma grande cova, entrar toda a aldeia dentro e colocar fogo para que todos morram. Os missionários não estão isentos de serem a “maldição” e tampouco estariam livres da penalidade.
Outros exemplos
Índios que se abaixam na canoa ao chegar perto de uma montanha com um filete de água. Explicação: É a urina de um demônio que escorre pela montanha.
Índios que saem para o meio da selva uma vez por ano e depositam alimento em cima de uma pedra. Explicação: Alimentando os espíritos que poderiam fazer mal à aldeia.
Na China os velhos são venerados e depois de mortos adorados e invocados {ver NIDA, pg.41}
Já os esquimós exterminam os velhos, colocando-os numa jangada e mandando para as águas gélidas para morrerem {ver NIDA, pg.41}
Muitas culturas não toleram o segundo gêmeo e matam apaziguando os maus espíritos.3.Os povos estão cheios de crendices. Os nativos da ilha de Malta receberam bem Paulo, mas ao ser picado pela cobra viram-no como um assassino sendo perseguido por forças sobrenaturais.
4.Todo missionário aprende a desenvolver um estudo de cultura chamado “Os
Universais”. Cada aspecto da cultura deve ser observado e anotado pelo missionário. Mas ao começar a anotar as crendices o missionário logo vê que a tarefa é imensa. As crendices deles vão de um extremo para o outro. No caso dos maltenses Paulo ou era um homicida ou um deus (v.5 6).
5.O missionário deve ficar atento, pois este é o contato mais sério e difícil dos povos explicarem. É o contato com suas crendices.

IV. O contato com chefes de aldeia – v.7
1.O missionário deve se apressar em fazer um bom contato com chefe da aldeia. Isto não significa que será o líder da igreja, mas para ter liberdade de trabalho o missionário precisa ter a aprovação do chefe.
2.Paulo foi bem recebido e ganhou três dias de hospedagem com o chefe da
aldeia (v.7).
3.O candidato à obra missionário precisa aprender a respeitar as autoridades desde já, pois seria o fim de seu ministério se não aceitasse a autoridade de um chefe de aldeia e ultrapassasse as suas instruções. É um contato que precisa de treinado desde já. Aprender a obedecer sem questionar.

V. O contato com doentes – v.8-9
1.O candidato ao trabalho missionário indígena faz coisas que dificilmente faria em nossa sociedade. Nem mesmo seria prudente e legal, ou seja, tratar dos doentes.
2.O curso de enfermagem será muito útil, mas nem todos podem ser enfermeiros. A equipe ideal é aquela que tem pessoas com várias habilidades.
3.Mas de qualquer forma, os doentes são uma realidade para o missionário. O amor pelos perdidos deve se estender para o cuidado com a sua saúde. As coisas mais básicas para nós são incomuns para muitos índios. Por exemplo: fazer um índio tomar comprimidos por 15 dias. Ou o missionário aplica injeções ou cuida do índio como cuidaria de um filho: acorda para dar remédio e faz
uma escala para levar o tratamento até o final.
4.Agora multiplique isto por 100, 150, 200 ou mais pessoas. E quando a aldeia é acometida por uma epidemia? E quando há casos em que é necessário pagar um vôo de emergência? Lembre-se que a Missão não custeia remédios e nem viagens. E não poucas vezes o missionário presenciará a morte de crianças e adultos. Outras vezes será acusado pela morte deles por tirar do
curandeiro para tratar com remédios.5.O candidato deve desenvolver a prática da oração pelos enfermos e deixar de pensar só em si. Paulo teve contato com um doente na ilha de Malta (v.8-9).
Lembre-se que Paulo era doente e estava indo para a prisão e saído de um naufrágio, mas no momento não estava se lamentando, porém, pensando nos outros.
6.Um contato certo que o missionário terá de enfrentar, é o contato com doentes e alguns deles com doenças contagiosas.

VI. O contato com a honra – v.10
1.Talvez o contato mais perigoso que o missionário terá de enfrentar não é com índios bravos, com cobras, com as crendices, com o chefe ou com doenças contagiosas, mas o contato com a honra.
2.A humildade precede a honra, mas é possível uma outra ordem. Quando missionários não são humildes o suficiente para receber honras, pode ser a ruína deles.
3.Achar que pessoas não viveriam sem o nosso trabalho é a pior arrogância do missionário, pois com tal atitude ele está menosprezando os seus companheiros de ministério e a Deus que Lhe dá capacidade para trabalhar.
4.Paulo foi honrado pelos maltenses e até recebeu oferta deles. Mas Paulo chegou naquela ilha por causa de um naufrágio, foi usado por causa da misericórdia de Deus e saiu dali com as honras que deveriam ser devolvidas a Deus assim que entrasse de volta para a embarcação.
5.Cuidado com o contato com a honra. Quando o missionário fica mais conhecido, ele deve manter a mesma atitude humildade daquela com a qual começou a sua carreira.

Conclusão:
1.A vida do missionário é uma vida de contato. Os contatos são reais, porém, uma realidade diferente da sua própria.
2.O contato com povos primitivos (bárbaros). O contato com animais perigosos (cobras). O contato com as crendices do povo. O contato com chefes de aldeia.
O contato com doentes (e doenças contagiosas). O contato com a honra.
3.O preparo missionário ajudará a amenizar o choque desses contatos e a dependência de Deus fará possível esses contatos.

{NIDA} Costumes e Culturas – Uma introdução à Antropologia Missionária –baseado na obra de E.A. Nida – 1954 – 2a edição em português 1988 – Edições Vida Nova

Fonte: Instituto Bíblico Peniel (ensino missionário) - http://www.ibpeniel.org.br

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