terça-feira, 28 de setembro de 2010

Livros Missionários - Lista de links das editoras que publicam livros sobre Missões



Abaixo listamos links para as páginas de diversas Editoras evangélicas que publicam livros sobre Missões e/ou Evangelização. Os links vão direto para as seções de livros relativos ao(s) tema(s). Leia, capacite-se, compartilhe conhecimento!
Algumas editoras infelizmente não possuem mecanismos internos de busca que permitam encontrar facilmente os temas procurados. Fica aqui a dica para os programadores/webmasters: Vamos etiquetar e organizar a casa, pessoal!
 Notamos também que algumas editoras estão com seus sites em construção/manutenção.
Ainda assim, pedimos perdão aos irmãos pelas inescapáveis lacunas que tais listagens assim apresentam.
E se você conhece/representa alguma editora que possua material relacionado ao tema em questão, e que não foi listada aqui, por favor, nos envie o link para que seja acrescentado.

E é ainda com tristeza que preciso relatar que, durante as buscas para esta lista, ao vasculhar sites de algumas grandes editoras evangélicas, não encontrei sequer um (1) livro relacionado a Missões, e mesmo ao tema mais geral que é Evangelismo. Não vou citar nomes por uma questão ética, mas a crítica precisa ser feita. Lançam-se dezenas de títulos por ano, alguns dos quais tão, mas tão fúteis, que eu não os leria nem se me fossem presenteados gratuitamente. E há quem compre, e não são poucos... O principal deixou de ser o principal $quando$? Em troca de $quê$?

Agora Leia (Missão Horizontes) - http://www.agoraleia.com/
Descoberta Editora - http://www.descoberta.com.br/sessoes.asp?id=7&categoria=103
Edições Vida Nova - http://www.vidanova.com.br/categorias.asp?codigo=27&offset=16
Editora Ultimato - http://www.ultimato.com.br/?pg=catalogo&onde=assunto&busca=13
Editora CPAD - http://www.cpad.com.br/?acao=HL
Editora Betânia - http://betaniario.com/shop/index.php?manufacturers_id=37
Editora Vida - http://www.editoravida.com.br/loja/index.php?cPath=251
Editora Cultura Cristã - http://www.editoraculturacrista.com.br/categorias.asp?codigo=30
Editora Esperança - http://www.editoraesperanca.com.br/catalogsearch/result/?q=miss%C3%B5es
Encontro Publicações - http://www.encontropublicacoes.com.br/produtos.asp?lang=pt_BR&tipo_busca=categoria&codigo_categoria=6
ABU Editora - http://www.abueditora.com.br/livros.htm
União Feminina Batista Missionária - http://www.ufmbb.org.br/loja/ (no site, clicar em ‘Missões’)
Betel Publicações - http://www.betelpublicacoes.com.br/
Arte Editorial - http://www.arteeditorial.com.br/catalogo/shopdisplayproducts.asp?Search=Yes
Editora Danprewan - http://www.danprewan.com.br/index.php?page=shop.product_details&flypage=flypage.tpl&product_id=63&category_id=55&option=com_virtuemart&Itemid=1
Mundo Cristão - http://www.mundocristao.com.br/produtospesq.asp?pesquisar=evangelismo&secao=Loja%20Virtual
Abba Presshttp://www.abbapress.com.br/ (no site, clicar em ‘Clássicos e Missões’)
Editora Aleluia - http://www.editoraaleluia.com.br/loja/produtos.asp?lang=pt_BR&tipo_busca=subcategoria&codigo_categoria=1&codigo_subcategoria=28
Editora Batista Regular - http://www.editorabatistaregular.com.br/catalogo.asp?cod_categoria=11
Editora Vida Cristã - http://vidacrista.bizhosting.com/evangelismo.html
Editora Atos - http://www.editoraatos.com.br/livros.asp?categoria=21
Editora e Livraria Salva-Vidas - http://salvavidas.lojatemporaria.com/missoes.html?SID=mi1p4ptgrbr9002e7qumjqkbf5 
Editora Pendão Real - http://www.pendaoreal.com.br/html/loja_cate.php?cat=178
Encontro Publicações - http://www.encontropublicacoes.com.br/produtos.asp?lang=pt_BR&tipobusca=categoria&codigo_categoria=6
Editora RW - http://www.editorarw.com.br/livros/missao-a-voz-dos-martires
Logos Editora - http://www.editoralogos.com.br/livrosDetalhe.asp?id=4
Missão Portas Abertas - http://www.portasabertas.org.br/catalogo/

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Missões Urbanas - O preparo

*

Pr. Elinaldo Renovato de Lima 

INTRODUÇÃO

Jesus Cristo mandou pregar o evangelho a toda a criatura, em todo o mundo. Nenhum lugar pode ficar excluído e nenhuma pessoa deve ser considerada não-evangelizável. No Brasil, como em muitos países, 80% das pessoas vivem nas cidades, ao contrário do que havia há poucas décadas, quando a maior parte vivia nas áreas rurais. Este é um grande desafio para as igrejas cristãs. As cidades têm grandes e graves problemas, próprios do crescimento urbano desordenado a que são submetidas, tais como concentração excessiva de pessoas, desigualdades sociais, problemas de habitação, favelas, falta de saneamento, de saúde, etc. No que tange à evangelização, as cidades oferecem facilidades e dificuldades, como veremos adiante. As igrejas precisam ter estratégias de trabalho para alcançar as cidades. Há diferenças, entre evangelizar numa Metrópole e num lugar interiorano. Neste estudo, apenas damos uma pequena contribuição à reflexão sobre o assunto. 


1. FENÔMENO DAS CIDADES

No inicio de tudo, os homens viviam em áreas agro-pastoris. Com o passar do tempo, a escassez de bens os obrigava a sair, em busca de outros locais para sobrevivência. Sempre houve uma tendência para os homens se concentrarem em tomo de um núcleo populacional. A famosa TORRE DE BABEL foi uma tentativa de concentração urbana, não aprovada por Deus. Este queria que os homens se multiplicassem, enchendo a Terra.
Damy FERREIRA (P. 139) vê a evolução das cidades em várias etapas.

A primeira, de 5.000 a.C. a 500 d.C, até à queda de Roma, quando se estabeleceram grandes cidades como Jericó, Biblos, Jerusalém, Babilônia, Nínive, Atenas, Esparta e Roma. Eram as chamadas "polis".

A segunda, quando encontramos, na Renascença, já na Idade Moderna, as cidades de Roma, Florença, Constantinopla, Londres, Paris, Toledo, entre outras. Eram as chamadas "neópolis".

A terceira, com a Revolução Industrial, por volta de 1750, quando apareceram cidades-pólos, como Nova lorque, Chicago, Londres, Berlim, Paris, Tóquio, Moscou, etc. São as "metrópoles", verdadeiras cidades-mães. A última etapa, já na época atual, surgiram as "megalópoles", com cidades-satélites e bairros ligados uns aos outros. Dentre elas, destacam-se São Paulo, Rio de janeiro, Tóquio, Londres, Nova lorque, etc. As cidades em geral são tratadas como de pequeno, médio e grande porte, dependendo da população, tamanho, influência, etc. 


2. AS CIDADES NA BÍBLIA

Há quem pregue que as cidades são de origem humana, sem a aprovação divina, alegando que a primeira cidade foi criada por um homicida, Caim. E que Deus planejou um jardim e não uma Cidade (Gn 4.17).Depois do Dilúvio, os homens procuraram fazer cidades.
Nessa visito, diz-se que há um plano diabólico para as cidades. Elas, quanto maiores, são o refúgio ideal para criminosos, centros de prostituição, do crime, da violência. De fato, as aglomerações urbanas, nos moldes em que sido construídas, resultam em lugares perigosos, onde a qualidade de vida, em geral, torna-se difícil para o bem-estar espiritual e humano.
Discordando da opinião dos que vêm a cidade como centros mais favoráveis ao diabo,
Ferreira (P. 140) diz que Deus tem planos importantes para as grandes cidades. O Cristianismo surgiu numa grande cidade - Jerusalém - , espalhando-se por grandes centros, como Samaria, e Antioquia. Por outro lado, Deus mandou Abraão sair de Ur, uma grande cidade, e mandou começar a conquista de Canal por Jericó, de porte considerável para sua época. Linthicum, p. 27 diz que "a Cidade é campo de batalha entre Deus e satanás" e que Ele se preocupa com o bem-estar da Cidade (Jn 4.10) e que a atividade redentora de Deus centraliza-se em muito nas cidades (51 46.4-5; Zc 8.3; Mc 15.21.39), lembrando que a vinda do reino de Deus é descrita como a vinda de uma Cidade redimida - a Nova Jerusalém (Ap 21-22). Deus permitiu que Israel construísse cidades (Am 9.14); em Canaã, em meio as cidades tomadas, Deus determinou que houvesse "cidades de refúgio" (Nm 35.11). 

3. JESUS E AS CIDADES

No seu ministério terreno, Jesus desenvolveu a evangelização tanto na área rural como nas cidades. "Andava de cidade em cidade" (Lc 8.1); "Chegou á cidade, viu-a e chorou sobre ela" (Lc 19.41); "mandou pregar em qualquer cidade ou povoado" (Mt 10.11). Seguindo o exemplo de Jesus, a igreja atual precisa enfrentar o desafio da evangelização ou das missões urbanas. 


4. DESAFIO DAS MISSÕES URBANAS

As cidades, com sua complexidade social, cultural , econômica, emocional e espiritual, constituem-se campo propício para atuação da igreja ou do inferno; dos cristãos ou dos feiticeiros; dos homens de bem ou dos assassinos. A cidade em que vivemos é campo de batalha entre Deus e o diabo; a cidade pertencerá aos céus ou ao inferno; depende de quem agir com mais eficiência e eficácia, com as forças dos céus ou do inimigo. Segundo
LINTHICUM (p. 23), os sistemas sociais, econômicos, políticos, educacionais. e outros, na Cidade, estio sob a influência dos demônios, das potestades das trevas. É preciso muito poder, muita oração, muito jejum e muita ação para que as estruturas das cidades sejam tomadas do poder do inimigo. O desafio é grande. Mas o que está conosco é maior do que ele.

4.1. PONTOS FAVORÁVEIS PARA AS MISSÕES URBANAS
 
HESSELGRAVE (p. 71), diz que as cidades são pólos de influência sobre toda uma área a seu redor, sendo, por isso mais favoráveis para a implantação de igrejas, pelas seguintes razões:
1) Abertura as mudanças;
2) Concentração de recursos;
3) Potencial para contato relevante com as comunidades em redor.

4.2. PONTOS DESFAVORÁVEIS PARA AS MISSÕES URBANAS
 
1) Populações concentradas verticalmente em edifícios fechados. Os condomínios, hoje, são quase impenetráveis aos que desejam evangelizar pessoalmente.
2) Excesso de entretenimento. Antigamente, só havia um pequeno campo de futebol em cidades de médio porte. Hoje, há estádios grandes, que atraem muita gente; a televisão tirou as pessoas das ruas e as confinou dentro de suas casas. O evangelismo pessoal é muito dificultado nessas condições. O uso da televisão é muito caro para atingir as pessoas confinadas em suas casas.
3) A concentração de igrejas diferentes, além das seitas diversas, causam confusão junto à população. Cada uma evangelizando com mensagens diferentes e contraditórias Parece que há um "supermercado da fé". Há quem ofereça religião como mercadoria mais barata, em "promoção", com descontos (sem exigências, sem compromissos) e há os que "cobram" caro demais, com exigências radicais.
4) O elevado grau de materialismo e consumismo, do homem urbano faz com que o mesmo sinta-se auto-suficiente, sem a necessidade de Deus.
5) Os movimentos filosófico- religiosos, tipo Nova Era, apontam para uma vida isenta de responsabilidades para com o Deus pessoal, Senhor de todos. Como enfrentar essas dificuldades? 

5. ESTRATÉGIAS PARA AS MISSÕES URBANAS

1) ORAÇÃO E JEJUM PELA CIDADE. O homem pecador se opõe a Deus (1 Co 2.14; Rm 8.7; Ef 2.1). O diabo força o homem a não buscar a Deus (Ef 2.2; 2 Co 4.4). Qualquer plano de evangelização por melhor que seja, com recursos, métodos, estratégias, fracassará, se não tiver o PODER DE DEUS. Este só vem pela busca, pela Oração. Deus age. Fp 1.29; Ef 2.8; Jo 6.44. Os demônios infestam as cidades. Só são expulsos pelo poder da oração (Sl 122; Jr 29.7; Lc 19.41). A oração é a base.

2) PREPARO DAS PESSOAS PARA A EVANGELIZAÇÃO DAS CIDADES. Esse preparo refere-se ao estudo da Palavra de Deus. É o preparo na Palavra (2 Tm 2.15). As seitas preparam bem seus adeptos. As igrejas precisam gastar tempo e recursos no preparo dos que evangelizam.

3) PLANEJAMENTO DA EVANGELIZAÇÃO. O sucesso da evangelização depende do Espírito Santo. Só Ele convence o pecador (Jo 16.8). Entretanto, no que depende de nós, precisamos fazer o que está ao nosso alcance, a nossa parte.

a) Definir áreas a serem evangelizadas. (Bairro, quarteirão, ruas)
b) Definir os grupos de evangelização
c) Distribuir as áreas com os grupos (Rua tal com grupo tal; ou quarteirão tal com tal grupo, etc.
d) Estabelecer metas ou alvos (nº de decisões, pessoas batizadas, etc..)
e) Preparar os meios necessários: literatura, equipamentos, recursos financeiros, etc.
f) Mobilizar todos os setores da igreja para a execução do que for planejado: jovens, adolescentes, adultos, com a LIDERANÇA À FRENTE.


6. MÉTODOS DE EVANGELISMO PARA AS MISSÕES URBANAS

6.1. EVANGELISMO PESSOAL. E o mais tradicional e muito eficiente, principalmente nos bairros mais pobres. Inclui pessoa a pessoa; casa-em-casa; evangelização em aeroportos, em bares e restaurantes; evangelização em estações rodo e ferroviárias; na entrada de estádios; em feiras-livres; em filas (INAMPS, bancos, ônibus, etc.); em hospitais, penitenciárias, em escolas (intervalos de aula);

6.2. EVANGELISMO EM GRUPO. Inclui evangelização de grupos de pessoas: grupos de alunos, de professores, de menores abandonados, de homossexuais, de prostitutas, e também os já conhecidos GRUPOS FAMILIARES, ou células de evangelização; reuniões especiais em restaurantes, chás, classes na Escola Dominical (foi criada para isso); evangelização com fitas cassete e de vídeo (reúne-se um grupo);

6.3. EVANGELISMO EM MASSA
. Inclui cultos ao ar-livre, série de palestras ou conferências nas igrejas; cruzadas evangelísticas, campanhas. Só tem valor se houver uma preocupação séria com o DISCIPULADO. E melhor preparar , primeiro, as pessoas para fazer o discipulado antes de fazer a evangelização. 

7. DISCIPULADO.

É indispensável que, em cada igreja ou congregação, haja grupos ou setores de discipulado, que integrem o novo converso de maneira segura e acolhedora. Sem esse trabalho, toda a evangelização fica frustrada. Perdem-se mais de 90% das decisões em pouco tempo.


8. MEIOS PARA A EVANGELIZAÇÃO URBANA

1) Programas de rádio e de televisão;
2) Adesivos para veículos;
3) Revistas, e jornais para autoridades, consultórios médicos;
4) Apresentações de corais, bandas e conjuntos em público, em praças, em escolas, em bancos, em repartições;
5) Distribuição de Bíblias a autoridades;
6) Literatura (folhetos) bem selecionados;
7) Exposição de Bíblias e de literatura evangélica;
8) Artigos em jornais da cidade;
9) Telefone;
10) Cartas e cartões-postais; e muitos outros...

BIBLIOGRAFIA
FERREIRA, Dam. Evangelismo total Rio, Juerp, 1990.
HESSELGRAVE, David J. Plantando igrejas. 5. Paulo, Vida Nova, s.d.
LINTHICUM, Roberto. A transformação da cidade. Belo Horizonte, Missão Editora, 1990.


FONTE: http://www assembleiadedeus-rn.org.br

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

MISSIONÁRIOS: DA PERSPECTIVA DO PREPARO

*
Margaretha Nalina Adiwardana
 
Margaretha Nalina Adiwardana, professora na Faculdade Teológica de São Paulo, apresentou este material na Assembléia Geral da Fraternidade Evangélica Mundial (WEF) em Abbotsford, Canadá em abril de 1997. Ela é também ministra de uma igreja Indonésia em Mogi da Cruzes e professora e palestrante requisitada em escolas e igrejas.

A Revista VEJA publicou um artigo com o título "Fé tipo exportação" com o primeiro parágrafo: "Em qualquer país que se coloque o pé hoje em dia existe uma grande chance de haver brasileiro." O jornalista descobriu um fato que já sabemos há algum tempo, como o subtítulo que ele colocou declara: "Missionários brasileiros se espalham pelo mundo para difundir o cristianismo."1
A Realidade da Globalização

Os primórdios das missões transculturais brasileiras se deram no início deste século XX com a Igreja Presbiteriana do Brasil, que enviou em 1910 Rev. João Marques da Mota Sobrinho e Da. Mina para Portugal. Em 1911 a Convenção Batista Brasileira enviou João Jorge de Oliveira e Da. Prelândia Frias para o mesmo país.2 Hoje, no final do século, temos em torno de 2.500 missionários transculturais brasileiros trabalhando em mais de 70 países em todos os continentes. Cerca de 13% deles trabalham nos países na região da chamada Janela 10/40, conhecida por ser de difícil alcance, além de serem carentes do Evangelho.3 Há uma tendência atualmente de enviar mais missionários brasileiros para alcançar os grupos não alcançados, devido aos desafios e divulgação de movimentos, tais como Adotar um Povo, AD2000 e ênfase na Janela 10/40. O mundo muçulmano ganha crescente atenção como alvo de missões. (Pessoalmente, tenho notado nesses últimos dois anos que cerca da metade, e até mais, de candidatos e missionários treinados declararam que visam como alvo final algum país muçulmano.)
Além dos brasileiros que estão se preparando e indo para vários lugares no mundo, há outras tendências crescentes da globalização e cooperação do empreendimento missionário baseado no Brasil.

Preparo e Envio Multiétnico


Devido ao fato do Brasil ter um fundo multiétnico, descendentes de diversas raças, muitos voltam ao seu país de origem para evangelizar o povo dos seus antecessores. Os nisseis e sanseis que estão no Japão trabalhando como dekasseguis incluem um número considerável de cristãos que não só visam evangelizar os japoneses, seja pelo testemunho ou mesmo como pastores e missionários. A segunda geração de chineses está também de olho na China, que inclui Hong Kong, Macau e Taiwan. É um grande potencial quando os brasileiros de origens orientais se levantam para missões.4 Os jovens coreanos, após preparo teológico no Brasil, voltam para a Coréia já com bagagem de experiência transcultural e com a língua portuguesa como segunda língua, importante para missionários de país monolingual.
Há também jovens africanos que são preparados no Brasil e retornam aos seus países ou para outros países na África. Há solicitações por apoio para servir como missionários por parte de cristãos africanos refugiados no Brasil por situações de guerra.5
Os latino-americanos de países de língua espanhola vêm ao Brasil para treinamento. Alguns continuam no país para servir aqui mesmo, mas muitos voltam aos seus países ou vão a outros países para servir lá. Praticamente em todos os grupos para treinamento missionário em diversas agências há jovens do Peru, Chile, Colômbia, Argentina, Paraguai, México, Venezuela, Bolívia, etc.6 O Brasil é considerado como o mais adiantado em missões e no treinamento missionário na América Latina. (...)


Globalização no Campo

No campo missionário a globalização e cooperação acontecem quando os missionários brasileiros trabalham em conjunto com várias organizações:

Organizações Internacionais

Organizações secundárias são usadas quando os missionários são enviados por uma agência de missões brasileira, porém preparado no campo com o seu trabalho sob a orientação de uma agência internacional. Isso acontece principalmente nos países onde os brasileiros estão como pioneiros, desbravando um campo onde não havia presença e, portanto, nenhuma estrutura brasileira.

Igrejas Locais Nacionais
Os missionários brasileiros trabalham também com igrejas locais nacionais: discipulando, formando líderes e até treinando missionários. Além disto há apoio para o envio de missionários e evangelistas locais nacionais.

As Necessidades Resultantes da Globalização

A globalização e principalmente a tendência de trabalhar no meio dos povos não alcançados resultam em algumas necessidades especiais.

Treinamento mais Especializado
Os povos não alcançados, na sua maioria, são povos nos países com proibição para o trabalho missionário. Existem graus diferentes de perseguição individual como sanção legal com punições do Estado, tais como prisão e até a pena de morte de convertidos. Isso significa que os missionários trabalharão sob condições de stress máximo. Um missionário ocidental num país muçulmano na África pondera: ". . . três dos primeiros crentes que discipulei foram assassinados por causa da sua fé. . . . 60% dos crentes (não tirados do seu ambiente) passaram por perseguição extrema até mesmo a morte. Os colegas têm me visitado em desespero enquanto os novos convertidos são espancados, expulsos das suas famílias e mortos".7
Outra realidade do campo é a pobreza, fome e doença. Da Coréia do Norte ouvimos histórias de pais que venderam os seus filhos para servirem de alimentação. De Moçambique vieram notícias de mortes de missionários e visitantes brasileiros por doença. Assim também de Macau, onde uma moça morreu no hospital de um dia para outro.8 Disse um missionário, "Não fui preparado para enterrar um irmão missionário."9 Como preparar missionários para isso? E no caso de fome e pobreza, como preparar os missionários para servir efetivamente, porém sem ser paternalista, não criando dependência da igreja local para com a presença estrangeira.10
Violência de guerra tribal ou civil é outro problema que causa stress. A MIAF (Missão para Interior da África) Internacional teve que retirar todos os seus missionários em apenas uma semana, após mais de um século de trabalho em um país. Na Albânia, a decisão de ficar de uma missionária brasileira, enquanto a maioria dos estrangeiros teve que sair às pressas do país, valeu diversas reportagens nas revistas brasileiras. Chegaram relatos de que os cristãos albaneses, que foram bem discipulados no pouco espaço de tempo desde a abertura em 1991, estão saindo às ruas para evangelizar. Milhares vieram ouvir e centenas aceitaram a Jesus como Senhor.11 Mas, como preparar bem os nossos missionários para perseverar em situação caótica e perigosa de guerra? Como terão a sabedoria de decidir ficar ou sair?
Entendendo que a história brasileira conheceu muito poucas situações assim, nós percebemos que estamos despreparados psicológica e espiritualmente. Trabalhar assim requer grande perseverança para continuar em situações difíceis, sabedoria para tomar decisões corretas diante de pressões, humildade para trabalhar sem chamar a atenção e disposição para sofrer as conseqüências.
O preparo deve então formar estas características no missionário, como práticas reais do amor a Cristo e aos perdidos. Além disso, os povos não alcançados são na sua maioria muçulmanos, hindus, budistas, animistas e ateístas materialistas, exigindo a necessidade do confronto de poder ou batalha espiritual. Deve-se fornecer um treinamento mais especializado para essas áreas, não bastando uma simples aula superficial de "Introdução às Religiões Mundiais".
O problema é como encontrar um treinador brasileiro que possui experiência pessoal nessas áreas, além de conhecimento acadêmico ou teórico, pois estamos há apenas alguns anos ministrando nesses campos específicos.12 Os nossos missionários ainda estão servindo lá fora; alguns pretendem voltar para ajudar no treinamento somente daqui há alguns anos, quando a sua experiência já estiver consolidada com frutos permanentes no campo.
Uma solução seria os professores de missões no Brasil poder buscar conhecimento especializado nas áreas necessárias nos centros de treinamento disponíveis no exterior. Podemos também pedir que os especialistas nos ajudem, vindo aqui dar seminários, como algumas agências já estão fazendo. De qualquer forma, devemos procurar nos especializar para criar um corpo docente brasileiro mais contextualizado para os nossos candidatos, conhecendo a nossa cultura e o que deve ser trabalhado para poderem perseverar nos campos difíceis—não só perseverarem para ficar, mas com ministérios com frutos permanentes, apesar da situação.

Formação Profissional

Os povos não alcançados ficam nos países "fechados", que não permitem a entrada de missionários, porém muitos aceitam profissionais, principalmente de segmentos de alta tecnologia, bem como saúde e educação. Isso significa o crescimento da necessidade de enviar missionários com essa formação profissional. No entanto, nem todos os treinadores estão acostumados a preparar profissionais com nível de mestrado ou doutorado.
Outro problema é a igreja conseguir (ou até tentar) desafiar profissionais para deixarem a sua vida normalmente confortável aqui e aceitarem ser enviados. As agências devem estudar e preparar também a estrutura do que chamamos de "fazedores de tenda" (embora Paulo não a usasse para entrar numa área, mas sim para o seu próprio sustento e até dos seus colaboradores, provavelmente quando as igrejas não enviavam a manutenção financeira).


Estrutura de Trabalho e Apoio

Quando não se entra com visto missionário a estrutura de trabalho e apoio também é mais complicada, bem como a estrutura do trabalho no campo, o cuidado pastoral e até a comunicação e o envio de dinheiro. Tudo requer conhecimento de como se faz naquele campo e de sabedoria para não provocar problemas. Na maioria dos casos é a primeira estrutura brasileira a ser estabelecida e não temos experiência para tal. Por isso precisamos de cooperação internacional, aprender e trabalhar com agências internacionais que já trabalham há muito mais tempo lá.13

Os Cuidados pela Igreja Enviadora

Não há muitos modelos anteriores através dos quais a igreja enviadora brasileira possa aprender para cuidar dos seus missionários nos países "fechados" e em outros países. E, se queremos evitar problemas de última hora, devemos pensar sobre isso, e talvez examinar o que os países enviadores de missionários mais antigos fazem.
O estudo sobre o retorno antecipado de missionários do campo, realizado pela Comissão de Missões da WEF, apontou como a razão número um, entre as razões evitáveis, o problema de educação dos filhos.14 Devemos então estudar como ajudar e aconselhar os missionários quanto à educação dos filhos: onde, em que escola e em que língua. Se for a escola local e na língua local, como ficará quando voltar ao Brasil onde não se fala aquela língua? Se for numa escola internacional de língua inglesa, quando de volta ao Brasil terá que continuar a estudar em escolas inglesas, fora da realidade brasileira? Às vezes os missionários são forçados a enviarem os filhos a estudarem em outras cidades ou até em outros países. Como a igreja poderia ajudar a resolver estes conflitos e como as escolas de treinamento poderão ajudar o candidato a missões a começar a pensar em profundidade sobre prevenção e solução de problemas práticos?
Outro problema que logo as missões brasileiras enfrentarão é a aposentadoria dos missionários. Se estamos há uns 15 anos enviando missionários maciçamente, então devemos prever os cuidados que eles merecem quando retornarem após uma vida inteira de trabalho útil. Podemos aprender muito com os outros países enviadores mais antigos, e estudar como adaptar à realidade brasileira. Estes e outros problemas nos esperam no futuro.


Antecipando o Futuro
Como um país novo em experiência de fazer missões, o Brasil deve adquirir o conhecimento para preencher as necessidades o mais urgente possível. Devemos antecipar e preparar, ao invés de resolver quando os problemas já estão acontecendo. Não podemos arriscar a cair na repetição das falhas que aconteceram há alguns anos atrás, quando, sem experiência, começamos a enviar missionários. Desde os anos de 1990-93 ouvimos relatos do campo sobre a realidade missionária brasileira, com muitos frutos, mas também com erros e falhas que provocaram o alto índice de desistência dos missionários. Hoje, aprendemos do passado para planejar melhor o futuro. Onde não há modelo aqui, buscamos conhecimento na cooperação internacional para aplicar na situação brasileira, numa forma contextualizada. Isso vale para o preparo nas escolas e treinamentos, e para os cuidados pelas igrejas e agências.
Portanto, mais cooperação, compartilhamento de conhecimento e experiência e até de estruturas com os outros países são necessários. Pode ser em forma de união, troca e colaboração no treinamento, dando suporte, estrutura e cuidado no campo. Isso também evita a duplicação onde já há estruturas disponíveis. Em alguns casos, os missionários brasileiros que trabalham com organizações internacionais ou locais têm sido muito frutíferos. Com certeza, nos países muçulmanos, os brasileiros terão necessidade de trabalhar com missões mais experientes, se quiserem ganhar tempo e evitar sofrimentos desnecessários decorrentes de falhas e problemas.


Cooperação Bíblica

Poucas pessoas hoje sabem que a tecnologia que usufruímos em forma de CD, compact disc, na realidade foi fruto das pesquisas realizadas pela empresa multinacional Philips. Quando foi descoberta, a empresa percebeu que, assim como aconteceu com as outras descobertas (por exemplo, o videocassete), ela não poderia lançar-se sozinha no mercado internacional por muito tempo. Para sobreviver, e para obter um lucro maior no final, ao invés de competir com as outras grandes multinacionais na tecnologia de diversão áudio e vídeo, seria melhor juntar as mãos. Ofereceu então seus conhecimentos às outras empresas com participação de lucro. Como resultado, o que vemos hoje, todas têm a sua fatia de bolo no mercado e todas lucram com isso. Quanto mais nas missões, onde deve haver globalização para realizar o mandamento da Grande Comissão, devemos trabalhar juntos. Praticamente todos os relatórios apresentados pelos cinco representantes das cinco regiões da Comissão de Missões da WEF no Canadá em 1997, conclamaram por cooperação.
A cooperação deve ser delineada, quanto ao quem faz o que de acordo com o que pode, tem e sabe, e baseada em princípios bíblicos de trabalhar junto com os vários membros ou partes do corpo de Cristo. Cada um com os seus dons e ministérios, dando e colaborando com suas capacidades e habilidades com base de igualdade. Tudo efetuado sem olhar para a vantagem própria, mas para a edificação do Corpo e para a glória do Cabeça, o Senhor Jesus.15
A convivência internacional na globalização é inevitável. Um professor da PUC escreveu para a Folha de Turismo do jornal Folha de São Paulo um artigo sobre o programa de educação de turistas brasileiros que a administração da Disneylândia preparou. "É preciso entender que está ocorrendo um maior relacionamento entre culturas por causa da globalização e todos devem procurar resolver os problemas que vão surgindo nesse processo."16 Devemos ser preparados para a convivência multiracial que a globalização traz, com o padrão bíblico de amor, união, humildade e colocar os outros como superiores a nós mesmos. Pois todos somos de Cristo, que veio para derrubar as barreiras que nos separam.
Assim, o preparo para a globalização deve levar em conta não só a convivência com a cultura do povo a ser alcançado, como também com equipes multinacionais. O dito popular, "O mundo se tornou aldeia global" é também o que Jesus falou, "O mundo é o campo". Para nós significa que todo o mundo, até os confins da terra, se tornou como uma aldeia, de rápido alcance e de convivência próxima, para as missões transculturais.




Notas
1. Revista Veja, edição 14/04/97.
2. Tucker, Ruth A. ...Até aos Confins da Terra, SP: Edições Vida Nova, 1986, p. 519.
3. Informativo de Ted Limpic, SEPAL, 1986.
4. Entre outros, 1a Conferência de Sino-Japonês realizada pelo Seminário Servos de Cristo em São Paulo, fevereiro 1996.
5. Informação do Pr. José Roberto Prado, Secretário Executivo da MIAF no Brasil.
6. No treinamento missionário do CTM (Centro de Treinamento Missionário da Igreja de Deus) de 1997 todos os treinados eram latino-americanos de fala espanhol, sem algum brasileiro!
7. Nik Repkin, "Why are the Unreached Unreached?" em Evangelical Missions Quarterly, Vol. 32, N° 3, julho de 1996, p. 286.
8. Informação do Pr. Olinto de Oliveira em janeiro de 1997.
9. Informação do Pr. José Roberto Prado, MIAF.
10. Vide Mission Frontiers, Vol. 19, n° 1-2, jan-fev. 1997.
11. Relatório de e-mail da WEF em abril de 1997.
12. Conforme relatou também Dr. Met Castillo, das Filipinas, na Consulta da Comissão de Missões da WEF em maio de 1997 em Abbotsford, Canadá.
13. Afirmou também Pr. Silas Tostes, da Missão Antioquia, na mensagem por fax em
março de 1997, sobre o trabalho missionário brasileiro no campo muçulmano.
14. Relatório sobre a Desistência Missionária nos Campos, pesquisa realizada pela Comissão de Missões da WEF, apresentada na Consulta em All Nations College, Inglaterra, maio de 1996.
15. Francis Omondi da Sheepfold Ministries, missão queniana, escreveu sobre o que os missionários locais da Quênia precisariam em forma de cooperação global, em "Partnership in Mission: Meaning of the Term", na revista Set Sail, janeiro de 1997.
16. Folha de São Paulo, Caderno de Turismo, 4/3/97, pág. G-2.

 *

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Ide e Fazei Aprendizes - E-book gratuito

*

LIVRO IMPORTANTE E GRATUITO
Philip Vogel é um dos mais experientes líderes cristãos da Inglaterra e tem sido conselheiro de alguns dos nomes mais conhecidos nos últimos anos. Seu livro clássico sobre liderança é muito importante para aqueles na posição de liderança ou para aqueles que aspiram tal posição.



domingo, 12 de setembro de 2010

JOCUM COMPLETA 50 ANOS DE VIDA

*
Bases pelo Brasil celebrarão data de entidade missionária jovem

Por: Redação Creio

O Jovens Com Uma Missão (Jocum), fundada por Loren e Darlene Cunningham, completa 50 anos de trabalho no mundo. Estão previstas comemorações também no Brasil, da missão que mobiliza jovens de todas as nações à obra missionária.

Tendo como lema: Ide e Pregai o Evangelho a toda criatura, a missão surgiu do desejo do casal de missionários Loren e Darlene em 1960. No Brasil a missão está desde o ano desde 1975, trazida por Jim e Pamela Stier, e conta hoje com 53 escritórios e Centro de Treinamento Missionário.

A celebração está com o tema ‘A chama segue adiante’ e passa por 42 lugares do mundo durante o ano de 2010. Países como Nova Zelândia, Austrália, Indonésia, Cingapura, Tailândia, Índia, Nepal e Bangladesh, fazem parte da primeira jornada de visitas da equipe celebrando a data.

Cada visita será composta por cinco seminários específicos para missionários da Jocum. As viagens têm como intuitos agradecer a Deus e comemorar a data com todo grupo espalhado pelo mundo inteiro.

Além das jornadas em vários países, haverá, entre 29 de novembro e quatro de dezembro deste ano, o evento do Aniversário de 50 anos, a ser realizado em Kona, no Havaí.

Todas as visitas, palavras, seminários e informações podem ser encontradas no site http://www.jocum.org.br – ou no http://www.ywam50.com, página destinada à cobertura de todas as comemorações.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Plantar Igrejas: A Estratégia das Parcerias

 *
Leonardo Sahium


Este artigo parte do pressuposto que plantar igrejas é parte integrante e importante do projeto de Deus para Sua igreja. A Missio Dei só é possível quando existe uma relação clara entre a ação sobrenatural de Deus, através do Espírito Santo no coração dos homens, e a ação natural do homem cristão em buscar caminhos para seu serviço na obra de Deus. Plantar igrejas é dar sentido à vida e obra de uma igreja, que vale lembrar sempre, é o organismo vivo de Cristo. Na linguagem do apóstolo Pedro “pedras que vivem” (1 Pe 2.5). Esta igreja vive para glorificar o nome de Deus e deve fazê-lo através de atitudes concretas em seu dia-a-dia.
Quando uma igreja local reconhece o mover do Espírito Santo para a grande missão de espalhar a Palavra de Deus entre os povos, ela automaticamente inicia um projeto de plantação de igrejas, mesmo que a princípio não perceba isso. Alguns membros de uma igreja local podem até pensar que o missionário na longínqua África está “apenas” pregando o evangelho em uma aldeia “qualquer”. Na verdade, aquele missionário está plantando uma igreja em uma nova comunidade. Afinal, o resultado da conversão é o batismo, a profissão de fé e a vida repleta da comunhão na Ceia do Senhor. Onde esta realidade será vivida se não na realidade visível da igreja local?
Pensando na realidade brasileira e urbana, encontramos muitas dificuldades para plantar uma igreja. Sem dúvida a maior dificuldade é o plantador. Outra dificuldade comum é a de recursos financeiros para plantar novas igrejas. Em alguns lugares repete-se a lógica histórica da retórica do fracasso. Um campo difícil, um plantador sem opção e uma verba irrisória trazem como conseqüência o pior resultado. Um projeto de plantação de igreja mal sucedido desmotiva o plantador, enfraquece sua família, desanima a igreja mãe e dificulta o trabalho na igreja filha.
A solução está nas parcerias de igrejas para plantação de novas igrejas. Quando fazemos parcerias com outras igrejas à possibilidade de sucesso no projeto é elevado a uma potencia muito superior ao que tradicionalmente se consegue. Uma parceria pode contar com duas, três ou até cinco igrejas, este é o número ideal máximo.
Seis fatores devem ser levados em consideração para fazermos parcerias.
1) Ampliamos a visão: O livro de Provérbios afirma que “na multidão dos conselheiros há segurança” (Pv. 11.14). Quando fazemos parcerias com outras igrejas nossa visão recebe como benefício desta comunhão uma ampliação da ação na missão urbana. Deus trabalha na multiforme capacitação de seus servos. Em um conselho podemos encontrar pessoas com formas diferentes e percepções individuais muito bem detalhadas que somadas compõe o grande mosaico da visão de Deus. Em resumo, a parceria promove uma maior interação entre os líderes conduzindo assim o projeto de plantação em uma ascendente de sucesso.
2) Ampliamos o campo de atuação: Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo certa vez se dirigiu aos seus discípulos e disse: “A seara, na verdade, é grande, mas os trabalhadores são poucos” (Mt 9.37). O diagnóstico de Jesus não ficou restrito aquele momento histórico, ele é atual. Hoje se você perguntar para os líderes de projetos de plantação de igrejas; qual é a maior carência? A resposta será unânime; “nossa maior carência é de plantador!”. Quando estabelecemos parcerias, ampliamos o campo de atuação tanto geograficamente, porque as igrejas conhecem campos diferentes, quanto ministerialmente, já que haverá uma troca maior de informações e um número maior de líderes que buscarão plantadores capacitados.
3) Ampliamos o impacto: O evangelho de Mateus termina com um imperativo de Cristo: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações” (Mt 28.19). Quando fazemos parcerias ampliamos o impacto da presença de Cristo no mundo. A sociedade percebe o testemunho da unidade de propósitos através de igrejas que se unem em torno de um projeto comum. A igreja que nasce aprende com sua própria história e contexto que a cooperação entre irmãos é possível e produtiva.
4) Aumentamos nossa motivação: Quando Jesus Cristo enviou os discípulos para pregar o evangelho, em Marcos 6.7, ele os enviou “de dois a dois”. Jesus sabia da realidade da “solidão” na vida daqueles que se envolvem integralmente na obra. Nas palavras do poema de Ted Loder: “Senhor, existe algo que eu quero falar com o Senhor, mas tenho tantas coisas para fazer, contas para pagar, reuniões para dirigir… acabei me esquecendo o que eu queria falar, quem eu sou e por que. Oh Deus, não se esqueça de mim por favor, em nome de Jesus amém” [Citado por Ruth Haley Barton em Strengthening the Soul of Your Leadership, p.22]. Plantadores sofrem assim, totalmente envolvidos na busca por vidas, nas histórias de vidas e ao mesmo tempo completamente sós. A motivação de muitos plantadores fica restrita muitas vezes à sua família. Mas está motivação pode ser ampliada através de parceiros que realmente caminham lado a lado com o plantador. A possibilidade de um plantador ser bem acompanhado e motivado é maior quando se vive em parceria com outras igrejas.  
5) Aumentamos os recursos: Para plantar uma igreja é preciso investimento na oração, na vida devocional, meditação na Palavra de Deus e muita piedade. No entanto, isso tudo deve vir acompanhado de um bom planejamento financeiro. Jesus Cristo disse: “Pois qual dentre vós, pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e verificar se tem os meios para concluir?” (Lucas 14.28). Um grupo de igrejas em parceria consegue investir mais recursos financeiros em um campo específico. Para conseguir bons resultados na plantação de uma igreja é preciso investir na qualidade de vida do plantador e de sua família. Um bom local para reuniões e elementos que dinamizem a vida da igreja nascente são imprescindíveis para o bom desenvolvimento da evangelização.
6) Aprimoramos a avaliação: Tudo o que fazemos deve ser sempre para a glória de Deus. Ele é o Deus que chama e capacita. Deus merece nosso melhor. Aprimorar para servir ao nosso Senhor com o que há de melhor para que todos percebam que para Ele e por Ele são todas as coisas. Uma avaliação com isenção e excelência deve ser parte integrante do projeto de plantação de igrejas. O exemplo de Neemias (Ne 2-12) que avaliou antes de começar e depois ao fim da obra de reconstrução dos muros de Jerusalém dedicou à obra ao Senhor. Quando as igrejas parceiras se reúnem para avaliar um trabalho, a percepção de muitos convergindo para um só alvo, faz desta avaliação algo abrangente e consistente. Toda avaliação deve conduzir a correção dos erros cometidos e ao incentivo dos princípios que foram comprovados na dinâmica da plantação de uma ou mais igrejas.
Que Deus nos conduza, em sua imensa graça, a uma maior contribuição e parcerias entre igrejas locais para a plantação de mais igrejas no Brasil e fora dele para glória do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Ferramentas para Evangelismo da Cruzada Mundial de Literatura

*

Amados irmãos,

Quão significante é a literatura na tarefa de cumprir a Grande Comissão? Patrick Johnstone, autor de Operation World, destaca que metade de todos os Cristãos no mundo testemunha que a literatura teve um papel principal em sua conversão.



Quero hoje dar uma dica sobre evangelismo, ou mais especificamente: Literatura para evangelismo. São os folhetos da Cruzada Mundial de Literatura. A CML atua em diversos países, estando presente no Brasil desde 1963, produzindo excelentes ferramentas para a obra. O destaque vai para os folhetos para evangelismo específico (contextualizado): eles possuem folhetos para enfermos/hospitalizados, encarcerados (presidiários), crentes desviados, viajantes (ônibus/barco/trem, etc.), crianças, católicos, estudantes, datas especiais (Natal, Carnaval, Páscoa, etc.). E possuem ainda o folheto ‘Como Evangelizar com Folhetos’, para instruir os irmãos na melhor forma de utilizar folhetos.

Vale a pena conhecer e utilizar o material da CML.

Visite o site: http://www.cruzadamundial.org.br

via  http://arsenaldocrente.blogspot.com/

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Dez em Teologia e zero em Missiologia

"Não deveria eu ter pena dessa grande cidade?" - Jonas 4.11.

Jonas era ótimo em teologia e péssimo em missiologia. Para ele Deus é misericordioso, compassivo, muito paciente, cheio de amor e pronto para perdoar (4.2). A Assembléia de Westminster deve ter se inspirado nele quando declarou que Deus “é amantíssimo, graciosíssimo, misericordiosíssimo, longânimo, cheio de bondade e verdade, e perdoa a iniqüidade, a transgressão e o pecado”.

Em missiologia, o profeta era quadrado, fechado, apagado, reprovado, etnocêntrico, nacionalista e bairrista, além de arrogante e vingativo. Até parece que Deus é amor, mas só para Israel e mais ninguém.

Se para o jovem rico só faltava uma coisa (vender todos os seus bens em favor dos pobres), para Jonas também faltava uma coisa só: consciência missionária. O profeta nada sabia sobre a teologia de missões embutida na chamada de Abraão — “Por meio dele' (de Abraão) 'todas as nações da terra serão abençoadas” (Gênesis 18.18) — e explícita nos Salmos: “Proclamem entre as nações os seus feitos” (Salmos 9.11).

Não posso trazer todo mundo a Cristo, mas devo levar Cristo ao mundo todo.

Fonte: Refeições Diárias com os Profetas Menores (Editora Ultimato, 2004) via Bíblia de Modo Fácil (Lidiomar Trazini).
 

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...