segunda-feira, 30 de março de 2009

GUERREIRAS DO SENHOR

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Catherine Booth

DEDICAMOS NAS LINHAS A SEGUIR UM PEQUENO TRIBUTO A UM GRUPO DE SOLDADOS DE CRISTO QUE O MUNDO CONHECEU E QUE, POR SUA CORAGEM E NOBREZA DEVE SER SEMPRE LEMBRADO. SE VOCÊ É UM SOLDADO E SEU NOME NÃO CONSTA DA LISTA, NÃO ESQUEÇA QUE: “PORQUE, QUANTO AO SENHOR, SEUS OLHOS PASSAM POR TODA TERRA, PARA MOSTRAR-SE FORTE PARA COM AQUELES CUJO CORAÇÃO É PERFEITO PARA COM ELE...” (2 CRÔNICAS 16:9) “SOFRE COMIGO COMO BOM SOLDADO DE JESUS CRISTO.” (2 Timóteo 2:3)

DOROTHY CAREY: “É um exemplo notável. Quantas esposas serviram ao Senhor fielmente, apesar de não estar fazendo o que realmente desejavam.”

BETSY STOCKTON: “Esta foi a primeira missionária negra solteira e ex-escrava a servir ao Senhor fora do país. Ela trabalhou em Missões no Havaí em 1823.”

CYNTHIA FARAR: “Ela serviu ao Senhor em Bombaim, na Índia, na Missão Marathi em 1820.”

CATHERINE BOOTH: Ela é a Mãe do Exército De Salvação e certa vez afirmou: “Ó como seria bom se os ministros da religião pesquisassem os registros originais da Palavra de Deus a fim de descobrir se... Deus realmente pretendeu que a Mulher sepultasse seus dons e talentos...”

FLORENCE NIGHTINGALE: “Eu teria dado a ela (à Igreja), minha cabeça, minhas mãos, meu coração. Mas não os aceitou” Ela serviu ao Senhor na Criméia, como Missionária-enfermeira.

CHARLOTTE DIGGS MOON: “Médica missionária entre os Árabes na Palestina. Também ensinou como professora antes de servir ao Senhor na China.”

AMY CARMICHAEL: “Serviu ao Senhor na Índia. Sua modéstia e personalidade amável e sincera a colocaram também naquela rara categoria de pessoas boas de mais para existir.”

JOHANA VEENSTRA: “O meio de transporte comum de Johana, de vila em vila, era uma bicicleta. Johana serviu ao Senhor na Nigéria, na África em 1919.”

HELEN ROSEVEARE: “Ela serviu ao Senhor no Congo no período de 1953 (na guerra civil) e em 1964 foi violentada.”

HANNA WOLFF: “Ela também serviu ao Senhor na Índia. Publicou obras literárias incluindo Jesus Universal, que trata do cristianismo hindu-asiático.”

AIMEE ELIZABETH KENNEDY (SRA. SEMPLE MACPHERSON): “Depois de servir ao Senhor na China, fundou a Igreja do Evangelho Quadrangular.”

O QUE ACABAMOS DE VER, FORAM TEXTOS EXTRAÍDOS DO MARAVILHOSO LIVRO DE RUTH TUCKER, "...ATÉ AOS CONFINS DA TERRA". RUTH É PROFESSORA DE MISSOLOGIA NO CALVIN THEOLOGICAL SEMINARY EM GRAND RAPIDS – MICHIGAN, EUA.

O QUE VIMOS É MUITO POUCO PELO MUITO QUE ESTES SOLDADOS FIZERAM A FAVOR DO REINO DE DEUS. ENTÃO, QUE FIQUE REGISTRADO TAMBÉM OS NOSSOS AGRADECIMENTOS A: RACHEL SAINT, ELIZABETH GREEN, BETTY STAN, BETTY OLSEN, KATE TAYLOR, ANNA BAGBY, HELENA GORDON, LOIDE ANDRADE, LIDIA CORENCHUC, MARY HAWKINS, IDA SCUDDER, EVELYN PIKE, VALNICE MILHOMENS, ROBERTA WINTER, ELIZA DAVIS GEORGE, NELLY TOURNIER, HELEN SCHWITZER, NEUZA ITIOKA, BILQUIS SHEIKH, MARGARETHA ADIWARDANA, STEPHANIE GRACE, E A TODOS OS SOLDADOS ANÔNIMOS QUE TÊM ESTADO NO CAMPO DE BATALHA.

DEVEMOS NOS LEMBRAS TAMBÉM DAS: ANAS, MARIAS, BETES, CRISTINAS, DRUSILAS, EDNAS, FÁTIMAS, GABRIELAS, HELGAS, IDAS, JOÉLIAS, KATRINS, LUCIANAS, MIRIANS, NAIRS, OFÉLIAS, PRISCILAS, QUÉSIAS, ROSANAS, SILVIAS, TERESAS, ÚRSULAS, VERÔNICAS, WILMAS, YONES E ZÉLIAS, QUE TÊM ENFRENTADO CORAJOSAMENTE ESTE MUNDO TENEBROSO!

“Contudo, não vos alegreis porque se vos submetem os espíritos; alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus.” (Lucas 10:20)
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Textos do livro: “...até aos confins da TERRA”, de Ruth Tucker (Editora Vida Nova), capítulo nove, cujo título é AS MISSIONÁRIAS SOLTEIRAS - “CIDADÃS DE SEGUNDA CLASSE”.

Por Elisabete Pereira

“Respondeu Jesus: Em verdade vos digo que ninguém há, que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou mãe, ou pai, ou filhos, ou campos, por amor de mim e do evangelho, que não receba cem vezes tanto, já neste tempo, em casas, e irmãos, e irmãs, e mães, e filhos, e campos, com perseguições; e no mundo vindouro a vida eterna.” (Marcos 10:29-30)

Fonte: http://www.uniaonet.com/espmissoes.htm

Via blog da Missionária Kelem Gaspar - http://www.missionariakelem.blogspot.com/
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Aproveitando este texto, disponibilizamos aqui para download o estudo 'MULHERES MISSIONÁRIAS', escrito pelo Pastor Leonério Faller. O arquivo está disponível para download gratuito no Portal Luterano. Um estudo abrangente sobre o tema, em 27 páginas (PDF). Leitura recomendada!

Para baixar o arquivo, Clique Aqui.

Leia as últimas três postagens no blog Equattoria

Acima, bandeira de Missões idealizada pela Missão Amme Evangelizar

Abaixo os links diretos para os últimos posts do blog Equattoria, que é um canal auxiliar ao Veredas Missionárias:



MAIS DE 40 MILHÕES DE CRIANÇAS AFRICANAS SÃO ÓRFÃS
- Para Ler Clique Aqui.

Os países que falam a Língua Portuguesa
- Para Ler Clique Aqui.

Conheça o VODU, uma das religiões oficiais do Haiti
- Para Ler Clique Aqui.

Um novo blog para a Poesia Evangélica: LIRICOLETIVO


Caros irmãos e leitores, é com prazer que comunico o nascimento de mais um projeto visando incentivar e divulgar a poesia evangélica: O blog Liricoletivo (http://liricoletivo.blogspot.com), um blog coletivo dedicado totalmente à poesia e aos poetas evangélicos.

São diversos poetas, de diferentes gerações e fazeres poéticos, que têm atuado (isoladamente) pela internet, em blogs e sites, agora congregados num espaço franco e que, além de incentivo e divulgação, propicia um intercâmbio de idéias e iniciativas.

O Blog começou esta semana, mas já conta com 7 poetas colaboradores, e outros serão convidados.

Visite. Divulgue. Comente. Apóie essa idéia!


Uma palinha do que já foi publicado:


Coroa de espinhos

Coroa de espinhos
Cravada na fronte
Derrama no Linho
Com sangue pesponte
Abre o caminho
Além do horizonte
Ele sozinho
Madeiro no monte
Sangue era vinho
Água era fonte
A todos filhinhos
Escreva e conte
Foi mais que carinho
Amor foi a ponte.

Camilo Borges



O Milénio

O leão não será mais rápido que o boi
em busca de pastagens
o cordeiro e o pássaro
nascerão de uma fórmula poética
e o lobo
o beijo terá na sua boca
Os jogos dos meninos
serão com as aves
uma pomba e uma águia
navegarão
em águas de branco lôdo
Um anjo passará
em forma lírica
ao mundo o seu desejo.

João Tomaz Parreira



Confissão e agradecimento de um ex-inimigo

Dos que amam a Ti:

pude estar perto a eles,

e conhecê-los.



Apertaram minha mão

sem importar com o odor do pecado.

Comi-lhes do pão,

e , defronte e dentre a

meus olhos,

cansados ossos,

me disseram:


"Irmão".

Sammis Reachers

quarta-feira, 25 de março de 2009

Enviando Para Longe Aqueles que Estão Perto


“Havia na igreja de Antioquia profetas e mestres: Barnabé, Simeão, por sobrenome Níger, Lúcio de Cirene, Manaém, colaço de Herodes, o tetrarca, e Saulo. E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então, jejuando, e orando, e impondo sobre eles as mãos, os despediram.” (At 13.1-3.)

O primeiro versículo desse texto enumera cinco líderes da igreja em Antioquia, descritos sob a categoria de profetai kai didaskaloi (profetas e mestres). Profetes era aquele que “falava em nome de Deus”. É também utilizado no grego ático tanto para “pregador” quanto para “expositor das leis”. O didaskalos é o mestre (de didasko, ensino) aplicado para aquele que possui discípulos. E parece-me que, nesse caso, os didaskaloi estavam mais ligados à instrução dos novos convertidos em Antioquia. Nessa lista, primeiramente é mencionado Barnabé, o qual era “natural de Chipre” (At 4.36) . Logo em seguida Lucas cita Simeão, referindo-se provavelmente a um africano “Níger” (negro), e menciona Lúcio “de Cirene”, provindo do norte da África. Também lista Manaém, colaço (syntrophos, irmão de leite) de Herodes, e, finalmente, Saulo.

O versículo 2 começa com uma ação coletiva: “servindo eles ao Senhor...” E as duas questões que devem ser levantadas aqui são: quem são “eles” e como serviam ao Senhor. Há três possibilidades para entendermos esse “eles”, já que o texto não os define: a) refere-se a toda a igreja em Antioquia; b) refere-se aos cinco líderes do verso anterior; c) refere-se a Paulo e Barnabé. Por ausência de ligação textual, creio que podemos excluir a “igreja em Antioquia”, restando-nos assim os cinco líderes do versículo 1 e Paulo e Barnabé do versículo 2. De qualquer forma, estes últimos são também mencionados na lista de líderes. Sendo assim, vamos utilizá-los como pressuposto para “eles”.

Leitourgoi – edificadores do corpo de Cristo

O verbo “servindo” (leitourgounton) utilizado aqui aponta para aqueles que serviam ao Senhor como leitourgoi. Havia três formas de alguém se apresentar como “servo” no contexto neotestamentário:

Como doulos – escravo. Nas palavras de Candus, “aquele que pessoalmente acompanha o seu Senhor para realizar-lhe os desejos do coração”. Doulos, no contexto do Novo Testamento, é aquele que tem um compromisso direto com Deus; que serve diretamente ao seu Senhor.

Como diakonos – mordomo. Aquele que serve ao seu Senhor através do serviço à comunidade. Na Bíblia, o termo é usado para aqueles que, sensíveis à necessidade do corpo de Cristo – física e espiritual – servem a Deus.

Como leitourgos – edificador. O termo, ligado à leitourgía, não é restrito como o usamos hoje. Refere-se àquele que serve ao Senhor sendo um canal de bênçãos para seus irmãos. E essa é justamente a raiz do verbo que expressa que Paulo e Barnabé “serviam” ao Senhor. Afirma assim que eles eram, antes de mais nada, “abençoadores” ou “edificadores” do corpo de Cristo em Antioquia. Eram uma bênção, como podemos falar hoje. Eram leitourgoi e, em última análise, serviam to Kuryo (ao Senhor).

Desse modo, podemos identificar a primeira característica apontada pelo texto a respeito desses dois homens que iniciaram a obra missionária como a conhecemos hoje. Não foi a competência intelectual, o título ministerial ou a profundidade teológica, mas sim a fidelidade, e fidelidade de vida em relação aos de perto. Isso nos ensina que aqueles que não são uma bênção perto dificilmente serão uma bênção longe.

Spurgeon já falava, em 1885, que “nada é mais difícil do que se mostrar fiel aos de perto que bem lhe conhecem”. E aqui três rápidas aplicações poderiam ser feitas:
Do ponto de vista pessoal: Não há nada mais perto de nós do que a nossa família. Aquele que não pode ser apontado pela esposa, esposo ou filhos como leitourgós no dia-a-dia em casa dificilmente será uma bênção fora dela.
Do ponto de vista ministerial: Líderes que se destacam nos púlpitos de suas igrejas, mas fracassam com a família e amigos chegados, cedo ou tarde entenderão a incompatibilidade da Palavra com a hipocrisia.
Do ponto de vista eclesiástico: Não há nada mais perto da igreja do que a própria igreja, os irmãos com os quais nos encontramos a cada semana. Se os cristãos não demonstram ser leitourgoi, uma bênção, para aqueles com os quais compartilham o mesmo banco durante os cultos semana após semana, creio que não estão habilitados a pensar em nenhum tipo de programa que leve o testemunho do evangelho aos de longe.

Aphorizo – separando para o envio

O texto conta que, “servindo eles ao Senhor... disse o Espírito Santo: Separai-me...” O texto não esclarece como o Espírito se manifestou e eipen – falou – à igreja. Mas toda a ação deixa bem claro que a igreja ouviu prontamente.

O conteúdo do que o Espírito falara foi “separai-me” (aphorisate), do verbo aphorizo, que é um verbo exclusivista. Este é também usado em Mateus 25.32, quando fala que o pastor “separa” as ovelhas dos cabritos. Aphorizo se diferencia de ekklio, pois não se trata de uma separação de relacionamento (foram excluídos da igreja de Antioquia), mas sim uma separação para uma função (permanecendo ligados à igreja, são agora designados para uma função além da igreja local). É o mesmo termo usado nos Documentos de Cartago, quando cidadãos comuns eram chamados para engrossar as fileiras do exército romano. Portanto Paulo e Barnabé seriam separados porque, primeiramente, haviam sido chamados.

É bom também entendermos que a ergon (obra) para a qual foram chamados é um termo genérico. Tanto pode significar um ato quanto uma função e poderia ser usado por se tratar de uma obra já bem conhecida por todos na igreja – a evangelização dos gentios – ou então para chamar a atenção para o ponto principal desse comando: não a obra, mas sim quem os chamou para ela. Demonstra também flexibilidade ministerial. A obra pode mudar, mas o chamado permanece, pois se baseia naquele que nos chamou.

A expressão “jejuando, e orando” vem como um conjunto que se completa, já que, segundo Stott, “o jejum é uma ação negativa (abstenção de comida e outras distrações) em função de uma ação positiva (culto e oração)”. E continua com “impondo sobre eles as mãos”, que traz a expressão epithentes tas cheiras, a qual possui vasto significado para o conceito de envio missionário. Vejamos os principais:

Sinal de autoridade. Esse “impor de mãos” remonta ao grego clássico – quando um pai “impunha as mãos” sobre o filho que o sucederia na chefia da família, ou seja, uma transferência de autoridade. Para Paulo e Barnabé, isso significaria que eles possuíam a autoridade eclesiástica para fazer tudo o que a igreja faria, mesmo onde esta não estivesse presente. É, portanto, simultaneamente, uma carga de autoridade e de responsabilidade. Como a igreja em Antioquia, eles poderiam pregar a Palavra, orar pelos enfermos e desafiar os incrédulos, mas, ao mesmo tempo, precisariam também compartilhar da fidelidade e da dedicação que existiam em Antioquia.

Sinal de reconhecimento. Também era usado em momentos oficiais, como na cidade de Alexandria. Ali, quando vinte oficiais foram escolhidos especialmente para guardar a entrada da cidade, que sofria com freqüentes ataques de nômades, sobre eles “foram impostas as mãos”. Representava um sinal de reconhecimento de que eram dotados das qualidades necessárias para aquela função. Para Paulo e Barnabé, consistia no fato de que a liderança da igreja reconhecia não apenas o chamado (que era, sobretudo, claro), mas também a capacidade e os dons para cumprirem a missão.

Sinal de cumplicidade. Encontramos também no grego clássico o “impor de mãos” no sentido de cumplicidade. Quando generais eram enviados a terras distantes para coordenar uma província, as autoridades “impunham as mãos”, demonstrando ao povo que eles não seriam esquecidos”; ou seja, permaneciam como parte do corpo. Para Paulo e Barnabé, significaria dizer que, por mais distantes que fossem, permaneceriam ligados à igreja de Antioquia. Dava a entender que a igreja continuaria responsável por eles, amando-os, torcendo para que tudo desse certo e, com certeza, sustentando-os. Ao meu ver, impor as mãos como sinal de autoridade e reconhecimento não é tão difícil como impô-las como sinal de cumplicidade, pois este último é um ato contínuo que demanda dedicação e profundo amor. Kent Norgan afirmou que “é mais fácil amar aquele que se vê e ter compaixão pelo que está sempre ao seu lado”.

Por fim os membros da igreja “os despediram” (apelusan), do grego apoluo, que significa “fazer as honras do envio”. Creio que havia aqui um aspecto prático, em que os líderes e os irmãos pensaram também nas necessidades práticas de Paulo e Barnabé. Apoluo é uma expressão formal, portanto leva-nos a crer que não foram despedidos de forma simples. Houve antes um culto no qual a igreja se reunira oficialmente para enviá-los – um abençoado culto de envio.

Temos aqui alguns princípios que podem ser observados no envio missionário:

No processo do chamado não há apoio bíblico ao individualismo. Isso significa que não é válida a posição de irmãos que alegam ter recebido a direção do Espírito Santo quanto à vocação missionária mas que desejam levar adiante sua missão sem a participação da igreja local. Mesmo em um contexto para-eclesiástico, a igreja local precisa permanecer na linha de frente no processo de seleção e confirmação do chamado. Precisamos crer que o Espírito fala à igreja e devemos esperar submissão daqueles que foram chamados.

No desafio ao envio missionário devemos evitar o institucionalismo. É o outro lado da mesma moeda: a igreja tomando decisões e definindo metas, estratégias e prioridades a despeito da visão daqueles que foram chamados. Precisamos crer que Deus colocará, nesses co-rações, de maneira diáfana, os desejos certos e a motivação que vêm do Alto.

Não devemos enviar para longe aqueles que não são uma bênção perto. Um critério bíblico que encontramos aqui é que irmãos sobre os quais pesam nossa esperança de abençoar os que estão distantes de nós devem, primeiramente, ser reconhecidamente uma bênção para nós, que estamos perto.

No processo do envio missionário, o cordão umbilical não é cortado. No momento do envio, passamos para os enviados, pela autoridade eclesiástica, o reconhecimento de que são qualificados e, especialmente, cumplicidade com a obra para a qual foram separados.

Deus fala a muitos, contudo me parece que aqueles que se humilham ouvem mais a voz dele. Ninguém sabe ao certo como e quando Deus falará, mas jejum e oração – sinais de uma comunidade piedosa e crente – são a postura daqueles que ouvirão a voz do Senhor.

Este artigo foi extraído do livro Com a Mão no Arado, publicado pela Editora Betânia.
Ronaldo Lidório é missionário presbiteriano, doutor em Antropologia Cultural e autor de vários livros.

sexta-feira, 20 de março de 2009

1º Encontro de Missões Mundiais PIB Camargo Velho


Você está convidado:

1º Encontro de Missões Mundiais PIB Camargo Velho

28 de Março de 2009 - sábado

16 Horas – Palestra “Missões Urbanas” com Sandro Baggio

17 Horas – Palestra“Angola” com Denis Ferreira

18 Horas – Momento de Confraternização

19 Horas – Culto de Missões (término previsto para 21h30min)


Local e Endereço

Primeira Igreja Batista do Itaim Paulista

Rua Curicharas nº203 – Itaim Paulista – Zona Leste – São Paulo - SP

(Rua Paralela com a famosa Avenida Marechal Tito e próximo a estação de trem do bairro Itaim Paulista)

quinta-feira, 19 de março de 2009

Negócios do Reino - Redimindo as antigas rotas de comércio para o evangelho


Leia o Seguinte Capítulo em Sua Bíblia
Isaías 35

Este é o Versículo para Ser Memorizado
E o seu comércio e a sua ganância de prostituta serão consagrados ao Senhor; não se entesourará, nem se fechará; mas o seu comércio será para os que habitam perante o Senhor, para que comam até se saciarem, e tenham vestimenta durável. Isaías 23:18.

Depois Fale Sobre Isto
Quantos de vocês estão nos negócios? Podem orar e pensar sobre algumas formas em que os negócios possam ser adaptados para que possa se tornar um veículo para o evangelho?

Atividade Para Ser Realizada Antes da Próxima Vez
Reúna empresários de diferentes igrejas, tantos quantos forem possíveis. Faça uma pequena apresentação das necessidades de parceria entre negócios e missões utilizando-se de teatro e explicações e com comes e bebes.

Trabalho Escrito Para O Diploma
Em uma página reescreva a teologia dos negócios do reino de Lucas 19 em linguagem moderna e com uma aplicação atual.

Medite Sobre Estes Versículos Palavra Por Palavra
Isaías 19: 21-25

Separe um Minuto para Mudar o Mundo
Ore pela Nigéria – 101.000.000 em 426 grupos étnicos Empresários viajam pelo mundo todo, 50% de cristãos, 40% de muçulmanos, conflito e muita opressão e corrupção.


Certifique-se de ensinar esta lição às outras pessoas.
Ore e prepare-a bem, adicionando seus próprios
versículos e histórias para dar vida à lição.


Temos observado algumas formas naturais e espirituais em que os trabalhadores da 11ª hora podem entrar na colheita do fim dos tempos, na vinha do Senhor. Aqui estão mais algumas

Novas estradas de Santidade

Você já pensou que as rotas de comércio poderiam ser redimidas para os propósitos de Deus? Lembra-se de como as grandes religiões do mundo, incluindo o cristianismo utilizaram as antigas Rotas de Seda da Europa à China. Pense sobre isto.

O Poder do Homem e da Mulher Filipinos

Um dos maiores produtos de exportação das Ilhas Filipinas é o trabalho de muitos milhares de Filipinos, que trabalham no exterior como empregados e marinheiros e enviam seus salários para a família em casa. Com freqüência, eles trabalham em países fechados ao evangelho, como a Arábia Saudita. Muitos Filipinos conhecem o Senhor. E se as igrejas treinassem e orassem pelos trabalhadores no exterior para serem missionários, e usar os seus empregos como um veículo de testemunhar de Cristo. A força missionária mundial poderia dobrar de noite para o dia com esta simples estratégia.

Empresário ou Missionário?

Alguns dos empresários nas linhas aéreas africanas e indianas são profundamente cristãos, mas alguém já lhes contou que eles poderiam realizar a Grande Comissão ao mesmo tempo em que ganham dinheiro? E que o fariam tão bem quanto a maioria dos pregadores, senão melhor por causa do dinheiro que eles têm e todas as pessoas que encontram que nunca foram à igreja?

Nigerianos Em Londres

Alfred Williams é um evangelista da Nigéria, mas ele foi para Londres como um executivo para importar gengibre e brinquedos de seu país. Os lucros custearam um novo trabalho na parte decadente de Londres. A nova igreja está realmente cheia, e não existe pressão financeira. O Senhor usou uma rota de comércio para abençoar uma cidade.

Coreanos, Chineses e Libaneses.

Os missionários coreanos vão direto às lojas de proprietários coreanos em outros países do mundo e ali trabalham para Jesus. Cristãos libaneses, chineses e indianos estão ao redor do mundo. O que aconteceria se a igreja deles lhes ensinasse a serem missionários e permitissem que pastores dirigissem reuniões em seus restaurantes, lojas e hotéis?

Um Exército Esperando Por Ordens

Quando oramos por obreiros sempre imaginamos um pastor ou um evangelista, mas que tal orar por um exército de empresários, ou ‘fazedores de tendas’ como Paulo?
Os negócios e as missões têm sido parceiros, como as duas faces da moeda, desde os dias da antiga Rota da Seda. Lembre-se de como o evangelho foi para a África e para a Índia em navios comerciais britânicos. Nossos empresários poderiam facilmente fazer discípulos em todas as nações. Muitos têm a sabedoria de anos de transculturação ou habilidade de ganhar dinheiro em casa para novas obras missionárias.

Três Tipos de Negócios

Miguel Diez tem mais de 200 pequenos negócios em sua missão espanhola presente em 31 países. Ele ensina todos os seus líderes sobre como ganhar dinheiro na terra que Deus lhes enviou. Ele diz radicalmente que existem três tipos de negócios no mundo.

Os Negócios Normais
Existem somente para dar lucro para os propósitos egoístas e às vezes pecaminosos dos proprietários e sócios.

Os Negócios de Um Cristão
Estes negócios tem um proprietário que dizima 10% para sua igreja e dá ofertas de tempos em tempos, mas a maioria dos lucros permanece sob seu controle pessoal.

Os Negócios do Reino
Nestes negócios, o sócio majoritário é o Senhor. Depois que o staff tem suas necessidades supridas, todos os rendimentos vão para o avanço do evangelho o para ajudar os pobres da terra.

Uma Teologia Para os Negócios do Reino

Em Lucas 19: 11-27, uma história que se refere ao Senhor Jesus, os servos recebem instruções até que seu mestre retorna. Cada servo recebe 3 meses de salário, digamos 5000 rúpias, e lhes é dito para, “por o dinheiro para trabalhar, comprar e vender” quando ele retorna ele quer saber o que aconteceu com o dinheiro.
Um servo multiplicou as 5000 rúpias em 50.000 rúpias, dez vezes mais! O que o Rei disse? Algumas pessoas crêem que o comércio é mundano e deve ser evitado. Alguns missionários pensam assim, esquecendo-se que muito de seu apoio vem de negociantes de sua igreja.

Mas O Que O Rei Disse?
Ele disse, "Muito bem, servo bom e fiel! Ele quis dizer com isso que o comércio foi bom e ganhar dez vezes mais era uma questão menor. Ele deu dez cidades ao servo, assim ele poderia fazer prosperar suas economias também com suas habilidades. O servo, que não fez nada com seu dinheiro, foi ruidosamente repreendido e perdeu tudo.

Uma História Verdadeira

Nos anos cinqüenta, um missionário, para um país muito pobre da África ocidental, encorajou alguns comerciantes novos convertidos para não serem pastores, mas permanecerem como comerciantes para Jesus, para fazer dinheiro para ajudar o evangelho, e prover edifícios para as novas igrejas. Outros disseram que os crentes não deveriam trabalhar para ganhar dinheiro e quase todos rejeitaram seu conselho. Ele voltou desanimado para casa. Somente uma igreja lembrou-se do que ele disse e refletiu sobre seu conselho. Um comerciante em particular decidiu não ir para uma escola bíblica, mas para vender tudo o que tinha e partir para Gana para comprar coisas baratas para vender.
Anos mais tarde aquele homem ainda era um crente firme no Senhor e tinha também se tornado o segundo homem mais rico em toda a nação. Hoje, a maioria da nação ainda está na miséria, mas por causa daquele único homem de negócios para Jesus, as igrejas em seu distrito têm bons prédios, carros, escolas e até envia missionários para o exterior. Recentemente, em idade avançada, o homem foi para o Senhor.

Agora que você sabe destas coisas, será abençoado se as seguir. João 13:17.

Fonte: DCI Internacional / O Jornal Missionário - http://www.worldchristians.org/portugues/

sábado, 14 de março de 2009

Entrevista: Missionária Débora Kornfield



Portal CRISTIANISMO HOJE - www.cristianismohoje.com.br/

Diante do drama da doença crônica da filha, a missionária Débora Kornfield encontra perspectivas espirituais para o sofrimento.

Costuma-se dizer que quem sofre adquire mais sensibilidade para perceber o sofrimento dos outros. Quando a relação envolve mãe e filha, então, a situação é muito mais delicada. Há 24 anos, a missionária Débora Kornfield, nascida nos Estados Unidos, criada na Guatemala e radicada no Brasil – mais precisamente, em São Paulo –, vive um drama familiar: a doença crônica de sua filha Karis. Ela nasceu com uma grave deficiência intestinal que paralisa seu trato digestivo. Desde seus primeiros dias de vida, ela tem convivido com um calvário de longas internações, delicadas cirurgias e desgastantes tratamentos. “É uma dor que não tem fim”, resume Débora.

A dura realidade tem afetado não apenas Karis e Débora, como também seus três outros filhos e o marido, e também missionário, David Kornfield. A vida da família tem girado em torno de um misto de provações e fé – muita fé, diga-se de passagem. Obreiros ligados à Sepal – Servindo Pastores e Líderes, entidade de origem americana sediada na capital paulista, David e Débora estão no Brasil desde 1990. Eles desenvolvem um frutífero ministério junto à liderança evangélica, o Mapi (Ministério de Apoio a Pastores e Líderes), baseado na mentoria espiritual. Débora, autora do livro Vítima, sobrevivente, vencedor (Editora Sepal), dedica-se ao ministério de restauração e especializou-se no aconselhamento a pessoas vitimadas pelo abuso sexual.

Agora, a missionária, de 54 anos, prepara-se para lançar um novo livro, onde conta os paradoxos entre a confiança na graça de Deus e a própria atitude diante de uma enfermidade que, apesar de algumas melhoras pontuais, não cede. “Reconheço que já nos sentimos injustiçados por Deus”, admite Débora. Em Karis – Adorando a Deus no deserto, que chega às livrarias em março pela Editora Mundo Cristão, ela faz um relato detalhado de como tem enfrentado a doença de Karis, os questionamentos acerca do amor de Deus, as dificuldades em família e o espectro sempre presente da morte. “O Senhor tem me desafiado a cada dia a lhe dar glórias, a perseverar e a crescer na minha fé”, diz. É uma luta que recomeça a cada amanhecer.

CRISTIANISMO HOJE – Como está sua filha hoje?

DÉBORA KORNFIELD – Ela está vivendo um dia de cada vez. Em novembro passado, ela passou por uma situação grave de rejeição e infecção [N.da Redação: na semana em que a entrevista foi concedida, Karis estava internada nos Estados Unidos, com obstrução intestinal e outras complicações]. Nestes últimos meses, ela passou por duas cirurgias de grande porte. Na verdade, ela não esteve bem durante o ano de 2008.

O livro é um desabafo?

O Salmo 145 nos manda contar os atos poderosos do Senhor. Senti que deveria escrever o livro por três motivos. Primeiro, para não me esquecer do que Deus tem feito por mim. Segundo, para encorajar outras pessoas em meio às suas dificuldades; e, em terceiro lugar, para que eu mesma pudesse entender melhor a nossa peregrinação – e, através disso, talvez ajudar a nossa família. Quando começamos a contar a história no site da Karis, recebi tantos e-mails de pessoas que de fato foram tocadas e encorajadas por Deus através do que lhe aconteceu que percebi que o Senhor queria usar isso para fortalecer o seu povo. Ora, a linguagem do sofrimento é comum a todos, independente do tipo de provação que cada um enfrenta.

A senhora diz várias vezes que sua própria filha pediu que não orassem mais por sua cura, entendendo que, como Paulo, deveria aprender a conviver com o “espinho na carne”. Como saber a maneira mais certa de orar nestas circunstâncias?

Creio que precisamos pedir a orientação de Deus em cada caso, pois o Senhor tem propósitos específicos em tudo que faz na vida de cada indivíduo. Não creio que a situação da Karis é modelo para outros, exceto na necessidade de procurar entender de Deus como devemos orar. Certamente, muitas pessoas continuaram (e continuam) a pedir cura para Karis, e estou muito agradecida por isso. Deus pode, a qualquer momento, responder dramaticamente a essas orações, como tem respondido tantas e tantas vezes de maneiras menos espetaculares, mas igualmente importantes para preservar a vida dela.

Se é assim, por que Deus não a cura definitivamente? Não seria um sinal muito mais poderoso do seu poder?

Penso que, se Deus curasse a Karis de vez, as pessoas dariam muitas glórias ao seu nome por alguns dias ou semanas; mas, depois, esqueceriam. Já por mais de 25 anos, Deus tem me desafiado a cada dia a lhe dar glórias, a perseverar, a crescer na minha fé, apesar dos momentos muito difíceis que temos passado. Pelas mensagens que recebo, acredito que outras pessoas têm a mesma percepção em relação à situação de minha filha.

Em algum momento, a senhora, sua filha ou sua família sentiram-se injustiçados por Deus? Como administraram este sentimento?

Claro que sim! Aliás, para descrever a luta de cada um de nós levaria muito tempo. Jamais, porém, ouvi a Karis expressar este sentimento. O que ela acha injusto é ser alvo de tantos recursos médicos e financeiros, dado o número de crianças totalmente saudáveis que morrem por fome ou por doenças fáceis de prevenir, especialmente em regiões pobres como a África. Quantas vezes ela tem chorado porque multidões não têm acesso às verbas gastas em favor dela. Como mãe, é claro, eu sofro junto com a Karis – muitas vezes, até pedi a Deus uma troca de lugares, passando para mim o sofrimento dela... Acho que qualquer mãe sentiria a mesma coisa. Confesso que, no início da vida de Karis, foi difícil para nós entender ou aceitar a situação dela, pois nunca havíamos nos imaginado passando por isso. Então, tentei escrever no livro um pouco sobre as minhas lutas – não tanto por me sentir injustiçada, mas por não entender o porquê de minha filhinha ter de sofrer tanto.

Mas um texto muito citado da Bíblia, no capítulo 53 do livro de Isaías, diz que Cristo tomou sobre si todas as nossas enfermidades. Como explicar, então, que a maioria dos crentes não recebe a cura divina? Falta-lhes fé?

Minha interpretação dessa passagem é um pouco diferente da de muitas pessoas. Jesus, por haver sofrido e passado o que passou, entende a minha dor, sente o que sinto, chora junto e me dá forças a cada dia. Por causa de textos no Novo Testamento, não creio que o de Isaías 53 significa que Cristo nos livra de todo sofrimento e enfermidade. Paulo diz que completamos em nossos corpos o sofrimento de Cristo. Os textos de Hebreus 2.14-18 e 4.14-16 destacam que podemos nos aproximar de Jesus confiantes de que ele sabe o que é sofrer, e se compadece de nosso sofrimento. Mas será apenas no novo Céu que Deus acabará com toda doença, morte, tristeza, choro e dor, conforme Apocalipse 21.4. Enquanto vivemos neste mundo caído, tais aspectos tristes da vida serão partes de nossa experiência.

Qual é o estado de ânimo de sua filha diante da doença?

É difícil começar a recuperar-se, por exemplo, de uma cirurgia, e logo enfrentar outro desafio, e mais outro, e mais outro, como ondas do mar que mal a permitem respirar. Essa tem sido sua rotina ao longo da vida. É claro que um processo desses impacta a vida emocional; não há como evitar isso. Um efeito colateral dos remédios que ela toma é a depressão. Até que a gente entendesse isso e a necessidade de tratamento específico – o que perdurará provavelmente pelo resto de sua vida –, sofremos muito. Por sua própria natureza, a Karis tem uma personalidade alegre, extrovertida, otimista. Por isso, esta depressão profunda causada pelos remédios foi talvez a mais difícil experiência de sua vida, pois ela sentiu que havia perdido até sua conexão com Deus. Mas nos últimos meses, desde que conseguiu sair do quadro depressivo, ela tem aguentado melhor. Acontece que minha filha tem sofrido uma série de perdas recentemente, inclusive a possibilidade de gerar filhos. E essas perdas precisam ser choradas, embora nem sempre achemos condições para este luto. No fim do ano passado, quando a possibilidade de morrer mais uma vez parecia próxima, a Karis sentiu a Presença de Deus muito perto dela. Estou grata ao Senhor por isso.

No livro, a senhora conta que sua filha recebeu várias supostas profecias e revelações dando conta de que seria curada – e tais previsões não se confirmaram. Quais os prejuízos emocionais e espirituais que isso acarretou à sua família?

Bem, nós aprendemos a usar de discernimento e cautela com as pessoas que queriam orar pela Karis ou entregar-lhe profecias, pois muitas deixaram-na muito mal. Minha filha é uma pessoa muito amorosa, mas quando disse que não estava conseguindo aguentar esse tipo de situação, tratamos de protegê-la. É difícil para uma menina num leito de extremo sofrimento, que apesar disso está seguindo a Deus com todo o seu coração, ouvir que está ali por conta de seus pecados ou de sua falta de fé. Creio que ninguém quis prejudicar a ela ou a nossa família; simplesmente, muitas pessoas não tiveram o discernimento adequado para nos abençoar da maneira que, sem dúvida, gostariam de haver feito.

Como fica o relacionamento familiar numa situação de crise permanente?

Tentamos equilibrar um dia de cada vez, às vezes conseguimos e outras vezes não – aí, precisamos pedir perdão e tentar restituir uns aos outros no que falhamos. Não acho que exista uma solução mágica ou fácil para isso. Tentei escrever no livro o suficiente sobre estes temas, para que outras pessoas, que também enfrentam esse tipo de pressões, pudessem pelo menos se sentir menos isolados e confusos nesta corda-bamba diária. Uma enorme bênção é o amor que existe entre nossos filhos, e eu e David, como pais, tentamos objetivamente valorizar cada um deles, mas muitas vezes não foi possível tratá-los igualmente. Por outro lado, outras famílias e a nossa igreja no Brasil têm ajudado a preencher lacunas inevitáveis, como minha ausência nos longos períodos em que precisei ficar nos Estados Unidos com Karis. Esse apoio tem sido precioso para nós.

De que maneira seus outros filhos têm reagido diante da inevitável prioridade que a senhora tem dado, esses anos todos, a Karis?

Os nossos filhos dizem que a minha disciplina era rígida em comparação com o que observaram entre os colegas. O fato é que eu simplesmente não tive recursos emocionais para aguentar brigas, queixas ou discussões; então, não permiti que agissem assim comigo ou na minha presença. Para brigar entre si, eles tinham que entrar num quarto com a porta fechada e sair apenas quando estivessem em paz. Não sei como teria sido se eu não tivesse tanto estresse sobre mim. Em contrapartida, tentamos ouvir os nossos filhos com respeito e, dentro de nossas possibilidades, atender às suas necessidades e desejos. Raquel, uma de minhas filhas, hoje com 23 anos, não entendia por que Deus permitia tudo que já aconteceu com Karis, e qual o motivo de tanta dor. “Que Deus de amor é esse?”, questionava. Mas com o tempo, esse coração endurecido simplesmente a levou à raiva e à amargura. Só quando Raquel procurou confiar mais no Senhor, apesar das dificuldades, reconhecendo sua bondade e entendendo que ele se importa como nosso bem estar e sente nossa dor, que as coisas começaram a melhorar na sua vida espiritual e emocional. Hoje, ela entende que Deus é bom e compassivo, digno de toda devoção. Já a Valéria, que tem 20 anos, chegou a duvidar até mesmo da existência de Deus. A solução foi a decisão de crer nele, mesmo sem perceber nenhuma evidência de seu amor para com Karis e sem garantia do futuro. Ela permanece firme nessa decisão até hoje, o que lhe dá força para enfrentar cada novo dia.

Tanto a senhora, atendendo sua filha, como seu marido, em suas tarefas ministeriais, passam longos períodos longe um do outro. A vida conjugal sobrevive diante dessa realidade?

Escrevi um pouco no livro sobre as nossas lutas ao longo dos primeiros vinte anos da vida da Karis. Conversas com outros casais com filhos doentes confirmam que a nossa experiência é comum. Aliás, isso faz sentido: dizem que a média de divórcios entre pessoas sem as pressões de uma doença crônica na família está na faixa de 40% a 50% – imagine então o desafio para os casais que, além de todas as demandas do dia a dia, precisam lidar com o estresse multiplicado pela enfermidade de um filho. É claro que isso afeta a dimensão do relacionamento conjugal. Parece que uma doença crônica é como um grande buraco escuro, onde é jogado tudo que se tem de tempo, energia, atenção, recursos financeiros e até criatividade, restando pouco ou nada para dar ao cônjuge. Além disso, nunca podemos contar com a realização de um plano. Muitas vezes tivemos que cancelar uma viagem em família por conta de uma crise de Karis ou passar as férias num quarto de hospital. Não tem sido fácil, claro. É uma tensão persistente. O tempo que temos juntos é precioso. Quando fico ciente das lutas de outros casais que enfrentam estresses mais, digamos, normais, fico admirada da determinação e compromisso que o meu marido tem com o nosso casamento. O que mais vejo entre os que lidam com doença crônica na família é o marido não aguentando a situação e pulando fora.

Hoje em dia, é normal que casais de obreiros desenvolvam o mesmo ministério. Até que ponto seu chamado é diferente do de seu marido e quais as interseções entre eles?

David trabalha mais com o Mapi, pastoreando pastores. Já eu tenho atuado com o Rever, um ministério de restauração da alma, especificamente com sobreviventes de abuso sexual. Meu marido ajudou na organização do Rever e dedicou bastante tempo ao início do ministério, mas agora dá pouca atenção a esta área diretamente. No Mapi, o que mais tenho feito é ajudar no aconselhamento de casais pastorais, onde é vantajoso trabalharmos como casal. Há muito mais que David e eu gostaríamos de fazer juntos, se Deus permitir.

Sua atividade missionária, bem como a de seu marido, obrigou sua família a constantes mudanças. De que forma a mulher deve enfrentar a situação, já que é delas a maior instabilidade nestas situações?

Em nosso caso, as viagens constantes de meu marido deixam para mim uma responsabilidade maior para manter a estabilidade em casa. Quando as crianças eram pequenas, eu praticamente não viajei com David – fiquei em casa para cuidar dos filhos e me envolvi em ministérios locais. Aliás, recebi críticas de pessoas que achavam melhor que eu acompanhasse mais o trabalho dele, mas não me arrependo. A vida da mulher tem fases, e a fase da infância dos filhos exige dela um compromisso específico por alguns anos. Quando nossos filhos estavam mais independentes, comecei a viajar uma vez por mês – às vezes com meu marido, às vezes sozinha –, mas tentei nunca ultrapassar este limite. Deixei claro que as necessidades de meus filhos eram a prioridade. Além disso, precisei manter os meus compromissos mais flexíveis do que seriam no caso de uma mulher sem filho doente. Felizmente, a nossa missão valoriza e apóia o cuidado da família como parte da vocação missionária.

Durante décadas, a Igreja brasileira tem sido influenciada por missionários estrangeiros, sobretudo americanos. A senhora acha que obreiros dos EUA ainda têm o que oferecer ao Brasil, que hoje é uma potência evangélica?

Na minha perspectiva, a Igreja brasileira amadureceu muito. Chegamos ao Brasil em 1990, e naquela época a Igreja parecia uma adolescente, com muito entusiasmo, mas sem tanta estabilidade ou profundidade. A falta de um discipulado adequado fazia com que muitos convertidos saíssem pela porta dos fundos. Poucas igrejas usavam grupos pequenos para aprofundar estudos bíblicos, incentivar relacionamentos ou evangelizar. Além disso, havia competição entre denominações; faltava um trabalho conjunto para alcançar as suas cidades e pouco se fazia para ministrar às gritantes necessidades sociais do país. Agora, quase vinte anos mais tarde, parece-me que a Igreja brasileira tem amadurecido ao ponto de assumir mais responsabilidade, não apenas para cuidar de si, mas de multiplicar-se, até mesmo em outros países. A firmeza espiritual da Igreja será revelada na qualidade de suas obras missionárias. Vejo trabalhos muito sérios e eficazes, maior cooperação e respeito entre as denominações e maior ênfase em ministérios holísticos, que cuidam de todas as dimensões da pessoa, e não apenas do aspecto espiritual. Se a Igreja brasileira se fechasse para missionários estrangeiros, continuaria muito bem, talvez até melhor, pois teria que assumir tudo para si.

Então, o tempo dos missionários estrangeiros já passou?

Não, acho que existem áreas em que essa participação ainda é bem vinda. Uma vantagem que os missionários estrangeiros têm a oferecer à Igreja do Brasil é o recurso de tempo integral e, na maioria das vezes, de sustento provido. Assim, alguém como o meu marido pode viajar pelo país afora, oferecendo-se de uma forma que seria difícil para a maioria dos pastores brasileiros, simplesmente por falta de condições. Veja o meu interesse em treinar líderes para grupos de apoio a vítimas de abuso sexual. Creio piamente na habilidade de brasileiros de fazer este trabalho muito melhor do que eu. Mas desconheço alguém que tenha condições para dedicar-se explicitamente para levantar este ministério – pelo menos, ninguém apareceu até agora. Se Deus permitir que eu volte para o Brasil, o simples fato de ter estas condições de tempo, recursos e disponibilidade para viajar, poderá, pela graça de Deus, resultar em um ministério eficaz a nível nacional, com aliados em todas as principais cidades brasileiras. A meu ver, as áreas mais importantes para este tipo de parceria são exatamente as de cuidado e treinamento da liderança brasileira, conforme diz o lema da Sepal: “Servindo aos que servem”.

Missionários dependem dos chamados mantenedores. Com a crise que, surgida nos EUA, alastrou-se pelo mundo, o que deve mudar em relação ao sustento dos obreiros no campo?

Em um sentido importante, nada mudou: a nossa dependência de Deus para suprir as nossas necessidades, através da boa vontade e a generosidade de seu povo. Talvez a crise econômica mundial faça de todos nós melhores mordomos de nossos recursos. Ainda estamos longe do tipo de sacrifícios que gerações passadas abraçaram pela causa de Cristo. Talvez, a crise traga como benefício o fato de a Igreja mundial ter que repensar suas prioridades e valores. Mas creio que Deus ainda proverá recursos para as pessoas que ele chama para vocações missionárias.

O Mapi se propõe a preencher uma lacuna cada vez mais evidente na Igreja Evangélica: o pastoreio de pastores. As carências nas famílias dos pastores têm aumentado?

Não sei se as carências têm aumentado, ou se estão apenas mais evidentes, devido à maior liberdade na Igreja para reconhecê-las e expressá-las. Acho que a saúde da família é alvo específico de Satanás, que usa de muitas artimanhas para destruí-la, especialmente entre a liderança. Falhas na liderança refletem-se automaticamente no bem-estar da Igreja. Também lidamos com valores mundanos que invadem a Igreja, especialmente na área sexual e na idéia de que “merecemos” ser felizes, mesmo se isso leva à destruição de nossos casamentos. Muitos pastores e líderes foram criados em famílias disfuncionais e as igrejas não têm sabido ministrar restauração para eles – e, consequentemente, para seus membros em situações parecidas.

A relação entre as igrejas e os pastores precisa ser mudada?

Efésios 4 indica que os membros do Corpo é que devem fazer o ministério, valendo-se dos dons e habilidades que o Espírito distribui para cada um. Aos pastores, cabe cuidar e nutrir suas ovelhas, capacitando-as para o desenvolvimento de seus próprios ministérios. É uma relação diferente do que vemos na maioria das igrejas.

Durante muito tempo, foi reservado às mulheres um papel secundário nas igrejas. Hoje, elas não apenas ocupam cargos eclesiásticos, como até lideram denominações. O que a senhora pensa a respeito?

Que os homens se levantem! Acho que as mulheres têm preenchido um grande vazio deixado pela liderança masculina.

O que a senhora pensa acerca do acesso de divorciados, ou mesmo de pastores em segundo ou terceiro matrimônio, ao ministério?

O peso da dor de um divórcio é enorme, uma tragédia com sequelas até a terceira e quarta gerações. Que os pastores cuidem primeiro de si e de seus lares, para depois ter algo valioso e íntegro com que contribuir à Igreja.

Como cidadã americana, qual sua expectativa em relação ao governo de Barak Obama? Qual deve ser sua relação com o segmento evangélico dos EUA, e particularmente a direita protestante, majoritariamente republicana?

Estou muito entusiasmada e otimista a respeito do presidente Obama. Espero que a direita protestante venha deixar de lado os seus preconceitos e trabalhe harmonicamente para sarar as dores do país. Espero que o governo democrata possa melhorar a imagem do país no exterior, pois hoje esta imagem dificilmente poderia ser pior do que está.

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terça-feira, 10 de março de 2009

O que levou a igreja em Antioquia a fazer missões


John R. W. Stott

Em Atos 13 o horizonte de Lucas
se alarga pois o nome de Jesus seria maciçamente testemunhado além da Judéia e Samaria. A partir de Antioquia chegaria aos confins da terra. Os dois diáconos evangelistas prepararam o caminho. Estevão através de seu ensino e martírio, Filipe através de sua evangelização ousada junto aos samaritanos e ao etíope. O mesmo efeito tiveram as duas principais conversões relatadas por Lucas, a de Saulo, que também fora comissionado a ser o apóstolo dos gentios, e a de Cornélio, através do apóstolo Pedro. Evangelistas anônimos também pregaram o evangelho aos "helenistas" em Antioquia. Mas sempre a ação esteve limitada à Palestina e à Síria. Ninguém tinha tido a visão de levar as boas novas às nações além mar, apesar de Chipre ter sido mencionada em Atos 11:19. Agora, finalmente, vai ser dado esse passo significativo.

A população cosmopolita de Antioquia se refletia nos membros de sua igreja e até mesmo em sua liderança, que consistia em cinco profetas e mestres que moravam na cidade. Lucas não explica a diferença entre esses ministérios, nem se todos os cinco exerciam ambos os ministérios ou se os primeiros três eram profetas e os últimos dois mestres. Ele só nos dá os seus nomes. O primeiro era Barnabé, que foi descrito com "um levita, natural de Chipre" (Atos 4:36). O segundo era Simeão que tinha o sobrenome de Níger, que significa Negro, provavelmente um africano e supostamente ninguém menos que Simão Cireneu, que carregou a cruz para Jesus. O terceiro era Lúcio de Cirene e alguns conjecturam que Lucas se referia a si mesmo o que é muito improvável já que ele preserva seu anonimato em todo o livro. Havia também Manaém, em grego chamado o "syntrophos" de Herodes o tetrarca, isto é, de Herodes Antipas, filho de Herodes o Grande. A palavra pode significar que Manaém foi "criado" com ele de forma geral ou mais especificamente que era seu irmão de leite. O quinto líder era Saulo. Estes cinco homens simbolizavam a diversidade étnica e cultural de Antioquia e da própria igreja.

Foi quando eles estavam "servindo ao Senhor, e jejuando" que o Espírito Santo lhes disse: "separai-me agora a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado" (At.13:2). Algumas perguntas precisam ser respondidas.

A quem o Espírito Santo revelou a sua vontade? Quem eram "eles", as pessoas que estavam jejuando e orando?

Parece-me improvável que devamos restringi-los ao pequeno grupo dos cinco líderes, pois isso implicaria em três deles serem instruídos acerca dos outros dois. É mais provável que se referia aos membros da igreja como um todo já que eles e os líderes são mencionados juntos no versículo 1 de Atos 13. Também em Atos 14:26-27, quando Paulo e Barnabé retornam, prestam conta a toda a igreja por terem sido comissionados por ela. Possivelmente Paulo e Barnabé já possuíam anterior convicção do chamado de Deus e esta verdade foi aqui revelada para toda a igreja.

Qual o conteúdo da revelação do Espírito Santo à Igreja em Antioquia?

Foi algo muito vago e possivelmente nos ensina que devemos nos contentar com as instruções de Deus para o dia de hoje. A instrução do Espírito Santo foi "separai-me agora a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado", muito semelhante ao chamado de Abrão: "vai para a terra que te mostrarei". Na verdade em ambos os casos o chamado era claro mas a terra e o país não.

Precisamos observar também que tanto Abrão como Saulo e Barnabé precisariam, para obedecerem a Deus, darem um passo de fé.

Como foi revelado o chamado de Deus?

Não sabemos. O mais provável é que Deus tenha falado à igreja através de um de seus profetas. Mas seu chamado também poderia ter sido interno e não externo, ou seja, através do testemunho do Espírito em seus corações e mentes. Independente de como o receberam, a primeira reação deles foi a de orar e jejuar, em parte, ao que parece, para testar o chamado de Deus e em parte para interceder pelos dois que seriam enviados. Notamos que o jejum não é mencionado isoladamente. Ele é ligado ao culto e à oração, pois raras vezes, ou nunca, o jejum é um fim em si mesmo. O jejum é uma ação negativa em relação a uma função positiva. Então jejuando e orando, ou seja, prontos para a obediência, "impondo sobre eles as mãos os despediram".

Isto não era uma ordenação ao ministério muito menos uma nomeação para o apostolado já que Paulo insiste que seu apostolado não era da parte de homens, mas sim uma despedida, comissionando-os para o serviço missionário.

Quem comissionou os missionários?

De acordo com Atos 13:4 Barnabé e Saulo foram enviados pelo Espírito Santo que anteriormente havia instruído a igreja no sentido de separá-los para ele. Mas de acordo com o versículo seguinte foi a igreja que, após a imposição de mãos, os despediu. É verdade que o último verbo pode ser entendido como "deixou-os ir", livrando-os de suas responsabilidades de ensino na igreja, pois às vezes Lucas usa o verbo "adulou" no sentido de soltar. Mas ele também o usa no sentido de dispensar. Portanto creio que seria certo dizer que o Espírito os enviou instruindo a igreja a fazê-lo e que a igreja os enviou, por ter recebido instruções do Espírito. Esse equilíbrio é sadio e evita ambos os extremos. O primeiro é a tendência para o individualismo pelo qual uma pessoa alega direção pessoal e direta do Espírito sem nenhuma referência à igreja. O segundo é a tendência para o institucionalismo, pelo qual todas as decisões são tomadas pela igreja sem nenhuma referência ao Espírito.

Conclusão

Não há indícios para crermos que Saulo e Barnabé eram voluntários para o trabalho missionário. Eles foram enviados pelo Espírito através da igreja. Portanto cabe a toda igreja local, e em especial aos seus líderes, ser sensível ao Espírito Santo, a fim de descobrir a quem ele está concedendo dons ou chamado.

Chamado missionário não é um ato voluntário, é uma obediência à visão do Senhor.

Assim precisamos evitar o pecado da omissão ao deixarmos de enviar ao campo aqueles irmãos com clara convicção de que foram chamados por Deus, bem como a precipitação de o fazermos com outros que possuem os dons para tal, mas sem confirmação do Espírito à igreja.

O equilíbrio é ouvir o Espírito, obedecê-lo e fazer da igreja local um ponto de partida para os confins da terra.

John R. W. Stott pastoreou por vários anos a Igreja de All Souls em Londres. É diretor do London Institute for Contemporary Christianity e autor de diversos livros como "A mensagem do sermão do Monte", "A mensagem de Efésios" e "Crer é também Pensar". Fonte: MissioNEWS, Informando.

via http://www.armazemdeideias.net

quinta-feira, 5 de março de 2009

Encontro Nacional da AMME Evangelizar - 2009

Disruptura familiar, bullying, indefinição sexual, falta de padrões, ditadura gay - são alguns dos desafios que devemos enfrentar na evangelização contemporânea. Leia, reflita e comente a história de Luan.

Luan tem apenas 14 anos mas seu coração já esconde um grande peso. Seu pai saiu de casa logo depois que ele nasceu, e Luan cresceu com um sentimento de culpa por esta separação. Sem uma presença positiva do pai ele não desenvolveu uma identidade masculina bem definida. Seu profundo desejo de ser aceito pelos outros garotos confundiu-se com seu despertar sexual e ele começou a achar que é gay. Isso foi ainda reforçado pela enorme quantidade de propaganda sobre o homossexualismo na internet, grande violência verbal nunca reconhecida ou confrontada pela direção da escola; Um professor encarregado da educação sexual na escola também o induziu a aceitar essa idéia e o aconselhou a adaptar-se a ela. Recentemente Luan participou de uma festa rave onde foi levado por um adulto a consumir alcool e drogas, quem também abusou sexualmente dele. De volta em casa, confuso, sentindo-se culpado pelo que aconteceu e sem ter com quem conversar sobre o assunto, falou com amigos pela internet; Eles o desaconselharam a divulgar o abuso que sofreu pois isso poderia trazer problemas para as pessoas envolvidas na organização da festa e atrair a intolerância contra a comunidade GLS. E agora? Como falar do Evangelho a Luan? Como levá-lo a ser um discípulo de Jesus?

É por causa de Luan e de tantos jovens como ele que você precisa participar do Encontro Nacional da AMME. Nós vamos discutir os fundamentos da evangelização para esta geração.

O Encontro Nacional da AMME é uma reunião dos oficiais do exército do Reino. Pastores e líderes de evangelização vão se reunir para descobrir as novas estratégias de defesa de nosso inimigo, que luta para manter as pessoas no pecado. Assim seremos capazes de desenvolver nova tática de ataque e desta forma continuar vencendo as trevas e libertando pessoas das trevas para a luz. Se você tem essa visão junte-se a nós. Veja a programação e preencha o formulário de pré-inscrição clicando aqui, ou no link http://www.evangelizabrasil.com/2009/02/24/enammeprog/ .

20/03 19:30h - Louvor e mensagem
- Abertura
- Apresentação especial: AMTB
- Louvor: Rachel Novaes e banda
- A proposta pós-moderna no fundamento do Cristianismo Preletor: José Bernardo

21/03 9:00h - Louvor, mensagem e fórum
-Apresentação especial: Chance Internacional
- Louvor: Rachel Novaes e banda
- A Igreja do poder no ambiente do passado Preletor: Russell Shedd
- Fórum: Perguntas dos participantes

21/03 14:30 - Oração, mensagem e fórum
- Intercessão missionária: PORTA Internacional
- Apresentação especial: CBME
- A igreja da razão no ambiente do futuro Preletor: Ronaldo Lidório
- Fórum: Perguntas dos participantes

21/03 18:30 - Banquete da Sabedoria
Jantar especial - Homenagens a destaques da evangelização em diferentes setores (Prêmio Evangelizar) - Convite incluso.

21/03 19:30h - Louvor, mensagem e fórum
- Apresentação especial: CONPLEI
- Louvor: Rachel Novaes e banda
- A Igreja da emoção no ambiente do presente Preletor: Missionário Rubens Muzio
-Fórum: Perguntas dos participantes

22/03 9:00h - Oração, louvor e mensagem
- Intercessão Missionária: PORTA Internacional
- Apresentação especial: Trans-Mundial (Ana)
Louvor: Rachel Novaes e banda
- Os recursos para a nossa santificação Preletor: José Bernardo

22/03 12:30h - Almoço dos Centuriões
Almoço especial - Apresentação de novos projetos e programas de evangelização da AMME Evangelizar para 2009. Convite incluso.

Conferência: Novas Igrejas Para Uma Nova Realidade


Aprendendo a semear


Pastores, líderes evangélicos, dirigentes de entidades eclesiásticos e crentes interessados na expansão do Reino de Deus têm encontro marcado entre os dias 19 e 21 de março. O Centro de Treinamento para Plantadores de Igrejas vai realizar a conferência “Novas igrejas para uma nova realidade”, reunindo especialistas como Tommy Kiedis, Ricardo Agreste, Josué Rodrigues, Hilder Stutz e Fabrini Viguier. Métodos de evangelismo, implantação e revitalização de igrejas, liturgia inclusiva, parcerias estratégicas e muitos outros assuntos serão debatidos nos seminários, painéis e palestras.

Além da base teórica e espiritual, os participantes vão poder conhecer projetos que têm dado certo e ministérios voltados à plantação de igrejas no contexto urbano e transcultural – além, é claro, de participar de momentos de comunhão e oração. A programação será encerrada com uma Santa Ceia ministrada pelos pastores presentes. O evento acontece em Campinas e as inscrições estão abertas, ao preço de R$ 100 (quem se inscrever até o dia 6 de março ganha um abatimento de 20%). Mais informações e inscrições pelo site www.ctpi.org.br/conferencia.
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via Portal CRISTIANISMO HOJE - www.cristianismohoje.com.br/

segunda-feira, 2 de março de 2009

Missionários presos mostram os riscos de segurança dos emails


Internet sob suspeita


David Fulton, a mulher Fiona, segurando sua filha adotiva Elizabeth (à direita), a filha Iona e o filho Luke (à esquerda).

Os missionários David e Fiona Fulton foram sentenciados, no último mês de dezembro, a um ano de trabalho duro pelo Tribunal da Gâmbia depois de serem considerados culpados. A sentença foi dada por causa de um comentário que circulou em uma lista de oração que funciona por correio eletrônico.

Depois de quase uma década de serviço na nação muçulmana da África Oriental, os Fulton, missionários da Assembléia de Deus, experimentaram uma série de dificuldades, incluindo um desentendimento que os deixaram à parte de sua igreja local. Ao mesmo tempo, David reduziu seu papel como capelão do exército e ainda foi assaltado por um homem que ele descreveu como um muçulmano fundamentalista.

“Agora, como (um elemento extremista crescente) deveria ser negociado, eu não sei”, David escreveu em um email para colaboradores. “Eu sugeri que nós armássemos os muçulmanos com varas e os cristãos com metralhadoras e os deixássemos lutando. Mas na verdade, enquanto eu defender a mim e a minha família, não acredito que vou ou deveria tomar parte nesse papel dinâmico contra eles, pois é o trabalho do governo.”

Alguém da lista de pessoas de oração dos Fulton enviou o email para as autoridades de Gâmbia. “Esse comentário infeliz não foi bem recebido pelas autoridades”, conta Khataza Gondwe, o oficial da Christian Solidarity WorldWide na África Subsaariana. O email deu base para revoltas.

Gondwe disse que o sistema carcerário de Gâmbia é particularmente áspero, e o casal aparentou estar completamente fraco no tribunal. O esperado é que os Fulton cumpram a sentença trabalhando numa plantação, além do pagamento de 8.600 dólares.

Os Fulton não são os únicos missionários cujos emails lhes trouxeram problemas. O presidente da Wycliffe Bible Translators, Bob Creson, afirmou que o uso não autorizado de carta de colaboradores é um risco para muitos missionários.

O professor de Wheaton, Scott Moreau, explica que muitos governos sabem sobre os missionários e geralmente estão mais preocupados com a posição nas questões de natureza política, como no caso dos Fulton, do que com as pregações sobre Deus.

“Os Fulton não estavam em perigo por causa do email em si”, explica Pete Holzmann, diretor executivo da International Christian Technologists Association. “Isso é mais uma questão de pessoas do que de tecnologia”.

Missionários podem evitar atrair atenção usando métodos comuns, como Gmail e Fed Ex, ou enviando mensagens através de criptografia. Entretanto Holzmann avisa que o risco real é o que acontece depois que a mensagem chega. Cartas publicadas em websites de igrejas, fotos postadas em blogs, e histórias contadas em público podem ser usadas contra missionários.

Outro caminho que os missionários podem usar para diminuir o risco é simplesmente não ser ingênuo ao escrever, como se estivessem no próprio país. “Você quer que pessoas orem pelas circunstâncias”, diz Creson, “mas não arriscando o ministério”. Wycliffe e outras agências missionárias nomeiam missionários como supervisores e uma equipe de funcionários quando eles precisam escrever pensamentos muito delicados.

Steve Knight, coordenador internacional de comunicação do Serving in Mission, diz que ele instrui os missionários a perguntar para eles mesmos como os vizinhos se sentiriam com o conteúdo das cartas de oração.

Outra boa tática para missionários é lembrar os colaboradores que o conteúdo dos emails não pode ir muito longe. Holzmann recomenda o envio de material sensível num email criptografado com PDF, que previne de cópias e impressões. “É fácil quebrar o sistema de segurança, mas eles podem quebrá-lo sabendo que não estão respeitando seus desejos”, ele assegura.

A tática mais importante, concordam Holzmann, Creso e Knight, é que os missionários tenham uma vida coerente de modo que eles sejam respeitados e integrados. Nas palavras de Holzmann, “Se tudo é possível, e é possível em situações incríveis, viva a sua vida e faça o seu ministério de maneira que as pessoas do local e o governo amem você e gostem do que você está fazendo.”

Fonte: Portal CRISTIANISMO HOJE - www.cristianismohoje.com.br/

Copyright © 2009 por Christianity Today International
(Traduzido por Sulamita Ricardo)

FECHANDO AS CONTAS


Modernizando alguns conselhos de Jesus sobre investimentos: não se foque em investir neste mundo, vivendo o agora, correndo atrás da próxima compra ou experiência aqui, onde os bancos e as bolsas de valores quebram e os preços das casas despencam. Mas foque-se em investir no reino, onde o banco jamais quebrará, as mansões jamais perderão seu valor e existe sempre um retorno eterno garantido. Onde você tiver investido, demonstrará onde está a sua atenção e o seu compromisso. No meio do caos financeiro global, precisamos nos sobressair como pessoas que são diferentes. Algumas coisas que se tornaram indistintas devem voltar ao foco nítido: Deus como O nosso provedor; a prática da confiança e da gratidão; a glória de Deus como o nosso objetivo principal, não o nosso próprio conforto e avanço financeiro. Os cristãos não estão isentos da crise econômica, mas Deus é maior do que as dificuldades financeiras e Sua perspectiva está em Mateus 6:19-34. Os sistemas econômicos globais estão assentados sobre areia movediça. Os sistemas econômicos de Deus estão assentados sobre rocha sólida. Eles são inamovíveis, eternos, com frequência invisíveis e sempre focados em Sua glória que torna este momento, um tempo para investir, não para retrair-se, um tempo para renovar o apoio às missões, um tempo para cuidar dos necessitados, um tempo para demonstrar um reino diferente.
Myles Wilson, The Gift Horse E-Bulletin

via DCI Internacional / O Jornal Missionário - http://www.dci.org.uk/portugues/p-jornal.htm

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